Usualmente buscamos desfechos
plenos e completos que nos deixam a agradável sensação de satisfação. Entretanto,
nem sempre ocorre desse modo
Em nosso dia-a-dia experimentamos
situações as mais variadas. No entanto, raramente obtemos soluções
satisfatórias para todas elas. Uma questão importante nesse caso é o que fazer
quando algo nos perturbar a ponto de não conseguirmos nos tranquilizar.
Uma alternativa comumente
sugerida é esquecer o assunto por um período de tempo. Mas até qual ponto se é capaz
disso? Não é raro, também, tentarmos “adivinhar” o que está ocorrendo a
respeito do problema, especialmente quando não temos acesso sobre todas as suas
informações. Por isso podemos experimentar certa dose de ansiedade. Nesse caso
nos caberão poucas opções. Entre elas a da resignação diante de nossos limites,
ou a persistência.
É comum as afirmações a respeito
da persistência - e sua nobreza - e da teimosia que pode beirar a estupidez.
Como nos posicionarmos de modo a não desistirmos de algo sem nos envolvermos em
uma disfarçada persistência a qual nos faz, na realidade, teimosos?
Usualmente buscamos desfechos
plenos e completos que nos deixam a agradável sensação de satisfação. Entretanto,
nem sempre ocorre desse modo. Em muitas ocasiões a frustração com a conclusão
obtida é inevitável. Assim, podemos nos sentir descrentes da possibilidade de
superação da decepção experimentada.
Então, diante do limite
vivenciado por nós em relação à obtenção de informações completas, necessitamos
exercitar nossa capacidade de aceitação desses limites. Entretanto, tal atitude
não constitui um processo simples, pois exige de nós a perseverança na decisão
de buscarmos nosso equilíbrio diante de tais limitações.
O limiar entre persistência e
teimosia pode tornar-se obscurecido quando estamos envolvidos emocionalmente com
determinado fato. Nesse caso, talvez a melhor forma de lidarmos com isso seja
nos proporcionar uma pausa, para refletir a respeito do que ocorre e do que
desejamos e, só então, munidos das alternativas existentes é que poderemos
decidir qual a melhor forma de nos posicionarmos.
Em muitos casos, tal atitude pode
ser colocada em prática em nosso íntimo apenas por nós mesmos. Em outros
podemos também contar com o amparo de alguém que nos ajude a “olhar” para os
fatos com maior clareza e de modo mais isento de emoções. Para, assim, sermos
mais aptos ao discernimento entre persistência e teimosia.
Márcia A.
Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com