03 junho 2011

ETERNAMENTE JOVEM?


Hoje busca-se, cada vez mais, maneiras de se restabelecer a juventude perdida. O tempo tornou-se um inimigo em muitas ocasiões. Acontece, às vezes, de inclusive desdenharmos a experiência e o aprendizado que ele nos permite. Talvez tenhamos nos acostumado tanto com o imediatismo da atualidade que deixamos de lado a importância do aprendizado para a sustentação futura. E isso se reflete nos relacionamentos de modo geral.
Podemos tentar ignorar as consequências de nossos exageros. Porém, isso não os faz desaparecer. Lamentamos quando jovens colocam em risco suas vidas, e a de outros, com o uso inadequado de bebidas alcóolicas, drogas e velocidade. Mas será que estamos presentes na vida deles para auxiliar no entendimento da importância em se investir no futuro? Ou estamos ocupados demais em nos mantermos “jovens”, voltados unicamente a nós mesmos?
Muitas pessoas queixam-se de relacionamentos que não perduraram. Afirmam estar o compromisso desestabilizado e isso levar a relações com parceiros os quais têm medo de se envolverem de modo responsável, impedindo que ela se mantenha.
Podemos sempre fazer nossas lamúrias e tentar depositar no outro a capacidade de nos permitir ficar bem ou não. Entretanto, somente quando assumirmos nossa parcela de responsabilidade por nosso bem estar é que definitivamente nos habilitaremos a cuidar de nós mesmos de maneira eficaz.
Desse modo, poderemos iniciar um convívio mais ameno com o tempo. E nos permitir o acúmulo de experiências das quais nos permitam lidar com situações difíceis com maior tranquilidade. O convívio de qualidade permite relacionamentos que levam a trocas de grande importância.
O físico e autor Fritjof Capra, em seu livro “O ponto de mutação”, nos explica a respeito da interconexão e do quão interconectados estamos uns com os outros. Ou seja, todas as nossas ações interferem em todos os eventos ao nosso redor. Sendo assim, cada ato por nós praticado tem consequências das quais podemos não dimensionar com exatidão. Porém, elas estão presentes em nosso dia-a-dia independente de nosso querer.
Se, conscientes desse fato, exercitarmos a reflexão para permitir o desenvolvimento de nossa capacidade de nos relacionarmos melhor com o tempo, podemos, em consequência, melhorarmos as relações com quem faz parte de nosso convívio.
Nem sempre acreditamos na possibilidade de alcance que nossa mudança de atitude pode ter. Contudo, se nos arriscarmos a experimentar, poderemos iniciar mudanças ao nosso redor a princípio consideradas serem impossíveis de ocorrer. E, a partir disso, experimentaremos contatos mais consistentes e que nos proporcionem satisfações perdidas no tempo.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

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