02 setembro 2011

O PREÇO DA TRAIÇÃO


Nos acostumamos a depositar no outro a causa de nossas dores. E então, não assumimos sermos nós quem tem um problema e quem pode resolvê-lo. No filme: “O preço da traição”, a personagem principal não assume ter problemas com o seu envelhecer e com as mudanças ocorridas em seu relacionamento com o marido, em razão de, principalmente, os seus afazeres como mãe e os dele como pai.
Acredita, portanto, ser o afastamento causado devido à infidelidade do marido. A partir dessa conclusão toma decisões que irão proporcionar consequências ainda mais complicadoras para o relacionamento familiar. Contudo, o importante é a conclusão a que essa personagem chega quando tudo vem à tona. Num diálogo com o esposo entende estar o problema em suas dificuldades particulares e não no comportamento dele.
Ao não assumirmos nossas dores, e não olharmos para elas, corremos o risco de tomarmos decisões que ocasionarão consequências possíveis de tornarem-se desagradáveis ou quiçá muito inconvenientes. No entanto, assumir isso significa que precisamos tomar alguma atitude a respeito e nem sempre estamos preparados para isso.
Estar apto a assumir a responsabilidade pelo próprio sofrer não constitui um procedimento confortável. Afinal envolve decidir o que fazer e, desse modo, não mais poder responsabilizar o outro por nossas dores, mas adotar uma posição diante do fato de sermos capazes de solucionar o problema seja ele qual for.
Então, o primeiro passo para iniciar a diminuição das ocasiões que nos fazem sofrer é aceitar nos sentirmos incomodados diante de alguns fatores. Sejam eles os naturais do processo de envelhecer, os de assumir novos rumos ou mesmo o envolvimento em novos relacionamentos.
Quando adotamos a postura de assumir essa realidade nos tornamos capacitados a buscar auxílio. E, este pode ser uma conversa aberta com alguém de nossa confiança ou mesmo com um profissional capacitado a compreender os significados do existir e suas dores. O importante é darmos início a esse processo para tornarmos nossa existência plena de satisfações e não de sofrimentos e decepções.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário