12 setembro 2014

ANGÚSTIA

Diante de alguma dificuldade é comum reagirmos no intuito de nos protegermos. Num primeiro momento somos capazes de relacionar uma imensa lista de motivos, dos quais culminaram nos fatos da maneira que foram dispostos e que nos causam algum tipo de sofrimento. Ou seja, encontramos razões variadas para nossas atitudes, as quais compreendemos não denotar nossa responsabilidade nas situações dolorosas que se apresentam para nós.
Contudo, há a necessidade de assumirmos as consequências por nossas escolhas, de modo a nos apoderarmos da possibilidade de solução de qualquer dificuldade que possamos experimentar. Quando nos posicionamos como vítimas as quais não tiveram participação nos fatos que culminaram em nossa dor, geramos, assim, um obstáculo deveras resistente para a solução do problema em questão.
É preciso compreender, porém, que em nosso primeiro impulso no intuito de salvaguardarmos nosso bem estar, podemos ser levados a comportamentos e reações das quais não se obtém o resultado desejado. Isto é, ao agirmos de acordo com nosso impulso de proteção e defesa, sem maiores considerações a respeito do assunto, podemos agir de modo insatisfatório ou, ao menos, infrutífero em relação ao resultado que esperávamos. O que pode ocasionar, na contramão de nosso desejo, uma piora da situação na qual estamos envolvidos.
Então, pode ser essencial buscarmos maneiras de amenizarmos nossa angústia quando no momento de dor. Pois, ao agirmos dessa maneira, permitimos a oportunidade de reflexão em relação a situação vivenciada e desse modo, nos aproximamos da possibilidade de alcançarmos o real motivo de nossa dor, bem como nosso percentual de responsabilidade no processo, o qual culminou na dificuldade atual.
O filósofo Jean-Paul Sartre salienta oscilarmos entre nossas escolhas e suas consequências.  Assim, se faz necessário considerarmos nossa parcela de responsabilidade relacionada à nossa história pessoal, para nos abastecermos da possibilidade de ampliar o número de possibilidades  que  nos cercam.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

2 comentários:

  1. Concordo plenamente Márcia. Exigir muito de nós mesmos e tb de outros não seria nada saudável contudo isso não nos exime de nossas responsabilidades com relação a nossas escolhas.

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    1. Que bom que gostou Paulo, responsabilidade é algo de grande valor.
      obrigada pelo retorno.
      abraço.

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