Diante de alguma dificuldade é
comum reagirmos no intuito de nos protegermos. Num primeiro momento somos
capazes de relacionar uma imensa lista de motivos, dos quais culminaram nos
fatos da maneira que foram dispostos e que nos causam algum tipo de sofrimento.
Ou seja, encontramos razões variadas para nossas atitudes, as quais
compreendemos não denotar nossa responsabilidade nas situações dolorosas que se
apresentam para nós.
Contudo, há a necessidade de
assumirmos as consequências por nossas escolhas, de modo a nos apoderarmos da
possibilidade de solução de qualquer dificuldade que possamos experimentar.
Quando nos posicionamos como vítimas as quais não tiveram participação nos
fatos que culminaram em nossa dor, geramos, assim, um obstáculo deveras resistente
para a solução do problema em questão.
É preciso compreender, porém, que
em nosso primeiro impulso no intuito de salvaguardarmos nosso bem estar,
podemos ser levados a comportamentos e reações das quais não se obtém o
resultado desejado. Isto é, ao agirmos de acordo com nosso impulso de proteção
e defesa, sem maiores considerações a respeito do assunto, podemos agir de modo
insatisfatório ou, ao menos, infrutífero em relação ao resultado que
esperávamos. O que pode ocasionar, na contramão de nosso desejo, uma piora da
situação na qual estamos envolvidos.
Então, pode ser essencial
buscarmos maneiras de amenizarmos nossa angústia quando no momento de dor.
Pois, ao agirmos dessa maneira, permitimos a oportunidade de reflexão em
relação a situação vivenciada e desse modo, nos aproximamos da possibilidade de
alcançarmos o real motivo de nossa dor, bem como nosso percentual de
responsabilidade no processo, o qual culminou na dificuldade atual.
O filósofo Jean-Paul Sartre
salienta oscilarmos entre nossas escolhas e suas consequências. Assim, se faz necessário considerarmos nossa
parcela de responsabilidade relacionada à nossa história pessoal, para nos
abastecermos da possibilidade de ampliar o número de possibilidades que nos
cercam.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
Concordo plenamente Márcia. Exigir muito de nós mesmos e tb de outros não seria nada saudável contudo isso não nos exime de nossas responsabilidades com relação a nossas escolhas.
ResponderExcluirQue bom que gostou Paulo, responsabilidade é algo de grande valor.
Excluirobrigada pelo retorno.
abraço.