Até qual ponto podemos estar
tão voltados para nós mesmos e nossas prioridades, que deixamos de nos atentar
para as necessidades daqueles que nos acompanham.
No dicionário Aurélio encontra-se
a seguinte definição para quem é cordial: relativo ou pertencente ao coração;
afetuoso, afável; sincero e franco. Tal qualidade sempre é muito apreciada.
Isto é, desejamos encontrar pessoas cordiais em nosso caminho.
Até que ponto, porém, estamos
dispostos a usarmos nossa cordialidade com aqueles que transpassam nosso
caminho? É comum desejarmos e, até esperarmos das pessoas, de modo geral, elas
serem afetuosas, gentis, cuidadosas e sinceras conosco. Entretanto, nem sempre
nos dispomos a tal comportamento para com os outros.
Certamente temos infinitas razões
para isso. Podemos estar com pressa devido a algum compromisso. Ou estarmos
aborrecidos devido a algum inconveniente ao qual fomos submetidos. Ou
simplesmente não termos despertado pela manhã com disposição para tal
empreendimento. Então, temos nossas razões, e jamais poderão ser contestadas,
salvo se aquele que a contesta estiver preparado para uma batalha.
Ao observar um grupo, todos
estavam a esperar o último membro desse para embarcar em uma viagem. Quando
este se aproximou os outros destacaram que o esperavam há algum tempo e, em
resposta, ele afirmou não ter pressa.
Interessante esse fato para
ilustrar até qual ponto podemos estar tão voltados para nós mesmos e nossas
prioridades. A fim de deixarmos de nos atentar para as necessidades daqueles
que nos acompanham. No referido caso um dos integrantes do grupo não tinha
necessidade de apressar-se, contudo os outros três sim. Mas, isso não
constituía um problema para quem não tinha compromisso com horários naquele
momento.
Podemos, então, aliarmos outro
comportamento à cordialidade, o respeito. Quando nos colocamos em situação de
respeitar quem compartilha conosco alguma situação, exercitamos a cordialidade
sem nenhum esforço. Isso porque, com essa atitude, demonstramos ao outro que
não só o vemos, mas também somos capazes de perceber nuanças sutis com tal
proximidade.
Nesse caso, ao exercitarmos atenção
à cordialidade e ao respeito dispensados a quem participa do nosso convívio,
podemos em consequência disso experimentar a satisfação de recebermos em
resposta respeito e cordialidade. Os quais poderão nos envolver em sentimentos
de satisfação e nos propiciar disposição para novas investidas em nosso
desenvolvimento pessoal.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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