Lamentamos dores e perdas
ocorridas ao longo dos caminhos percorridos. Porém, muitas vezes nos mantemos
focalizados em nossa dor ao ponto de nos esquecermos de utilizá-la como
oportunidade de crescimento
Podemos desperdiçar uma grande
quantidade de tempo ao buscar identificar sentimentos, situações e quiçá
“caminhos a seguir”. No entanto, pode ocorrer de nos esquecermos de “abrir nossos
olhos”. Isto é, nos posicionarmos diante dos fatos como alguém desconectado
deles. Assim, incorremos na possibilidade de passarmos desapercebidos por
ocasiões as quais poderiam ser de grande importância para nós.
É comum focalizarmos nosso olhar
em direção a algo que acreditamos desejarmos imensamente. Contudo, também é
comum atermos esse foco em uma direção que não consista naquela realmente desejada.
Ou seja, acreditamos estar em busca daquilo que queremos, no entanto, estamos,
apenas, desperdiçando energia e tempo em prol de algo obscurecido por nossa
incapacidade de identificar, com clareza, nossos desejos.
Lamentamos dores e perdas
ocorridas ao longo dos caminhos percorridos. Porém, muitas vezes nos mantemos
focalizados em nossa dor ao ponto de nos esquecermos de utilizá-la como
oportunidade de crescimento. Pois, ao procedermos em uma atitude a qual incorre
em algum sofrimento, significa que, em certo momento, atentamos para uma
direção não constituída da mais adequada para nós naquela ocasião.
O processo de nos conhecermos não
representa uma tarefa simples e nem tampouco corriqueira. Nos habituamos a
manter nossa atenção voltada para aquisições diversas. Sejam elas de ordem mais
ou menos subjetiva. Contudo, se tais aquisições não forem significativas para
nós de modo a nos possibilitarem a sensação de satisfação, nos manteremos em um
ciclo no qual a dor e a perda tornam-se praticamente inevitáveis.
Abrir os olhos pode representar
uma maneira de nos “vermos” de modo mais sincero. Quando identificamos os
nossos pormenores, somos capazes de diferenciar e selecionar o que gostamos ou
não em nós mesmos. E, desse modo, procedermos na escolha do que condiz com o
que queremos ou não. Assim, poderemos minimizar o número de ocasiões nas quais
nos sentimos impelidos à dor, e ampliarmos nossa habilidade em vislumbrar horizontes
que nos proporcionem formas possíveis de conquistarmos o que planejamos.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário