Nem sempre nos permitimos uma
reflexão cuidadosa acerca do porvir de nossas decisões. Impulsionados pelo
desejo, ansiedade, entre outros fatores, decidimos envolvidos por emoções que
nem sempre percebemos.
Ao longo de nossa existência é
comum sofrermos diversos tipos de frustrações.
E, geralmente elas são mais comuns do que gostaríamos. No entanto, são
também responsáveis por nosso aprendizado em lidarmos com situações inusitadas as
quais não desejamos, mas que em muitas ocasiões não temos como nos
desvencilhar.
É natural questionamentos a
respeito de como lidar com situações as quais não podemos mudar, mas que, no
entanto, se apresentam de modo a nos conduzir a sentimentos indesejados de tristeza
ou, ainda, tornam-se “amarras” cerceando nossa liberdade.
O filósofo Jean Paul-Sartre
discorre a respeito de nossa condenação à liberdade. Segundo ele somos
“obrigados” a escolher o tempo todo entre, ao menos, duas alternativas. Para o
filósofo nossa condenação consiste em não podermos fugir das consequências de
tais escolhas. Heidegger, também filósofo, afirma sermos livres, inclusive,
para ampliarmos nossas opções aumentando o número de alternativas envolvidas em
uma decisão a qual necessitamos assumir.
Sendo assim, nossa liberdade se apresenta
a todo o momento quando nos deparamos com uma escolha a ser feita. Precisamos,
apenas, atentar para o grau em que suportamos lidar com a consequência que tal
escolha ocasionará.
Nem sempre nos permitimos uma
reflexão cuidadosa acerca do porvir de nossas decisões. Impulsionados pelo
desejo, ansiedade, entre outros fatores, decidimos envolvidos por emoções que
nem sempre percebemos. Porém, uma emoção despercebida pode nos levar a uma
consequência indesejada.
Então, se exercitarmos o cuidado
para com nossas emoções no momento em que somos solicitados a escolher,
poderemos colocar em prática a possibilidade de nos permitirmos opções permeadas
de um processo que nos conduza a consequências menos drásticas. Ou, ainda,
resultados que sejam “esperados”, tendo em vista possibilitarmos a nós mesmos a
oportunidade de vislumbrar o que pode estar no porvir de uma decisão.
Desse modo, disponibilizaremos um
desenvolvimento no sentido de nos tornarmos aptos a conduzir nossas decisões de
modo mais eficaz. Especialmente, no sentido de nos habilitarmos a avaliar as
alternativas em questão e suas possíveis deliberações. Nos tornamos, assim, um
pouco mais livres.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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