Muitas vezes experimentamos a
sensação de termos sido responsáveis por deslizes dos mais variados tipos.
Nesse momento vários sentimentos podem emergir, sendo que, via de regra, o mais
comum é a culpa. Isto é, acreditamos termos assumido uma postura culminante no
“erro” e o sentir-se culpado consiste no único caminho a seguir.
Não resta dúvida que o assumir a
responsabilidade pelos próprios atos é de suma importância. Especialmente os
que nos levam a experimentar arrependimento. No entanto, há diversas formas de
assumirmos a responsabilidade pelas consequências advindas de algum
comportamento ou decisão a qual assumimos, e que possa ter ocasionado um resultado
diferente do desejado por nós.
Ou seja, nos sentirmos culpado
pode ser produtivo ou destrutivo. A
variação ocorre devido a forma como nos permitimos solucionar o impasse geralmente
experimentado quando nos sentimos responsáveis por algo. Sendo assim, se
assumirmos o papel de quem necessita lamentar e, o mais importante, que precisa
de punição pelo erro, pode acontecer de nos colocarmos de modo a “permitir” de
algum modo, a retaliação ao nosso deslize.
No entanto, se nos permitirmos um
olhar meticuloso para todo o processo envolvido na situação em questão,
poderemos, certamente, encontrar opções diferentes às escolhas as quais
fizemos. Contudo, tal compreensão nos permite entender nem sempre estarmos
aptos a fazer a melhor escolha.
Por isso, o exercício em analisar
nossas decisões e avaliar os motivos pelos quais decidimos, nos possibilita a oportunidade
de rever os trajetos já percorridos. E, com isso, desenvolver nossa capacidade
em perceber as várias possibilidades disponíveis quando de algum conflito ou
dúvida.
Então, a culpa faz parte de um
processo no qual podemos nos desenvolver ou dar início a nossa própria
derrocada. Cabe a nós a disposição em
“olhar” para o ocorrido e escolher o que desejamos para nós mesmos: a queda ou
um impulso. Assim, a partir da escolha feita, nos tornamos habilitados a
buscarmos formas de fortalecer nossa decisão em prol daquilo que julgamos ser o
ideal.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Ótimo texto!!!
ResponderExcluirParabéns Márcia.
Show! Como sempre.
ResponderExcluirObrigado
Fiquem com DEUS
Obrigada Normando!!
ExcluirAbraço.