Atualmente diversos fatores
ocorridos podem culminar em excessos, especialmente devido à modernização e o
desenvolvimento tecnológico. Acessos cada vez mais ágeis conectam todos a todo
lugar. O limite do nosso acesso é proporcional ao nosso desejo. Ou seja, não
acessamos determinado tipo de informação se não quisermos, porque disponível
está.
No entanto, em tudo pode ocorrer exageros
e, é nele que está embutida a possibilidade de problemas. A cada avanço
tecnológico ficamos também expostos a um “avanço” no quesito doença. Não é
incomum identificarmos alguém submeter-se a algum tipo de excesso e, por isso,
colocar-se a mercê de algum tipo de sintoma.
Uma das alternativas que costuma
ser rotineira é a crítica e a privação. Ou seja, criticamos de modo veemente a
“novidade” e buscamos uma forma de extinguir seu contato conosco. Porém, será
essa a melhor forma de resolver tal questão? Desde tempos mais remotos ouve-se
a respeito do “medo” com o novo e o que os excessos podem ocasionar. O que ocorre,
entretanto, é nos esquecermos da questão “excesso”.
Envoltos em um processo que nos
conduz à sensação de prazer ao experimentar algo novo, incorremos no risco de
“exagerarmos na dose” daquilo que nos proporciona sensações agradáveis. Desejosos em prolongar ao máximo a sensação
de prazer, ansiamos, de modo às vezes descontrolado, a extensão indefinida do
tempo o qual nos expomos aos eventos que gostamos.
Então, dosar de modo disciplinado
nossas experiências pode nos possibilitar a oportunidade de não ser necessário
o desligamento para com elas. Isto é, quando cuidamos do modo com que nos
relacionamos com tudo, seja com algo ou alguém, permitimos a nós mesmos a
alternativa da continuidade do contato com o que nos proporciona algum deleite.
Assim, se nos dispormos a cuidar
do contato estabelecido rotineiramente com as situações prazerosas, pode
ocorrer de não ser necessário nos “despedirmos” tantas vezes do que nos
proporciona satisfação. E, desse modo, ampliarmos os momentos em que
experimentamos prazer. Porém, um aumento contido e não desmedido, o qual pode
culminar na perda e em um processo de dor subjacente ao nosso comportamento
descuidado.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Acho que é bem isso mesmo Márcia, o cuidado paulatino com nossas relações cotidianas e dosadas, se possível, né?
ResponderExcluirParabéns pelo texto.
Um abraço,
:)