A reflexão de alguém culminou na
seguinte frase: “Adoro tudo que me acontece. As coisas boas, é claro, me
aconchegam, então como não gostar delas?! E as coisas ruins... ah!! Essas são
as que me fortalecem e me fazem crescer.”
Ao assistir ao filme “As aventuras
de Pi” veio à tona essa frase. Pois, durante o naufrágio do rapaz, o qual
divide um barco com um tigre, ele “precisa” sobreviver, primeiramente, ao
convívio com o tigre. Em um primeiro momento o impulso de destruir o que o faz
mal torna-se primordial. No entanto, após algum tempo, ele compreende que o
“mal” na realidade o faz ativo e capaz de sobreviver às intempéries de sua
situação. Desse modo, resiste aos 227 dias no mar.
Semelhante à situação que o personagem vive em
sua história, podemos transpor para algumas situações das quais somos
submetidos em nosso dia a dia. Comumente nosso primeiro impulso é o de nos
livrarmos da causa de nosso desconforto. Consideramos demasiado importante essa
conduta e, em muitas ocasiões, não nos damos conta das possibilidades
envolvidas no processo de lidarmos com a dificuldade em questão.
O personagem do filme possuía
algo de diferente de nossa rotina: tempo. Justificamos, na maioria das vezes,
falta de tempo para refletirmos com mais cuidado a respeito das situações com
as quais nos deparamos. E, assim, nos sentimos confortáveis com a maneira como
lidamos com elas.
Porém, se nos permitirmos
refletir, por um rápido segundo, poderemos nos colocar em um processo no qual
nossa compreensão a respeito do que nos aflige, pode assumir um papel sumamente
importante no que concerne o nosso desenvolvimento.
Ao adotarmos tal postura,
estaremos nos capacitando a ampliar nosso rol de possibilidades, ao ter em
vista a transformação do que nos aflige em algo que nos impulsiona. Então, em
uma mesma oportunidade nos proporcionaremos o exercício da plenitude de nossa
liberdade segundo o filósofo Heidegger.
Pois, a mudança de entendimento,
relacionado ao que nos é bom e ao que nos é ruim, amplia o número de
oportunidades as quais podemos nos envolver de modo pleno e gratificante para
nós mesmos.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Muito obrigado. Doente fisicamente, mergulhei nos acertos e erros existências e despertei para algo, sobre o bom e o ruim ( já havia sido alertado por ti, mas o depertar é questão de tempo e aceitação). Tudo é uma questão de informação, sobre nós, sobre os outros, sobre o que os outros sabem de nós e nós deles. E algumas adversidades são resolvidas com tempo e um pedido sincero de desculpas. Beijo. fique com DEUS. Feliz dia das CRIANÇAS
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