Nosso olhar possui um impulso em assumir
uma interpretação demasiadamente complacente com as situações relacionadas às
nossas vivências. Isto é, de maneira geral agimos de modo a amenizar a
realidade que envolve nosso comportamento e nossas decisões.
Torna-se extremamente “fácil”
para nós encontrarmos justificativas e explicações para praticamente tudo o que
fazemos e decidimos. Nos tornarmos, assim, “isentos” do envolvimento com as escolhas
as quais acreditamos não termos feito, e que culminam em algum tipo de
descontentamento.
O papel de vítima em relação ao
que consideramos não haver opção ocorre com mais frequência do que somos
capazes de admitir. Nosso sofrimento diminui consideravelmente quando
encontramos a “razão” pela qual algo aconteceu e que, em sua maioria, envolve o
fato de ser inevitável. E estar à parte de nosso poder de escolha.
No entanto, somos possuidores da
habilidade de escolher. Não atentamos para esse fato e, com isso, abrandamos as
ocasiões em que nos responsabilizamos por nossas escolhas. Desse modo, a
situação de vítima nos conforta e se torna mais frequente.
Contudo, na contramão dessa
atitude está nosso desejo em crescer, conquistar, viver, etc. Nesse caso,
torna-se necessário a busca de um comportamento diferente do usual, e que nos
coloca em uma posição totalmente passiva diante da variedade de ocasiões que se
apresentam diariamente para nós.
Culparmos o outro como
responsável por aquilo que vivemos atualmente torna-se uma alternativa
tentadora. Entretanto, ela também nos paralisa diante das possibilidades que
podemos vislumbrar quando assumimos nossa parcela de envolvimento nas
alternativas que se apresentam.
Sendo assim, se nos dispusermos a
colocar em ação nossa capacidade de reflexão de modo a selecionar de maneira mais
promissora nossas escolhas, é muito provável que as ocasiões em que sentimos o
impulso em responsabilizar algo ou alguém por uma situação que vivenciamos,
torne-se menos frequente. E, quiçá, desapareça por completo de nosso modo de
agir.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Nunca me canso de aprender contigo, viu? Obrigado pela oportunidade.
ResponderExcluirDevemos exercitar a arte de não querer ter razão em tudo. de nos perdoar pelas atitudes tomadas, pelos erros cometidos e AMAR, independente de quem ou como seja. Partilhar sem exigir.
Abraço
Fique com DEUS
Normando
Fico contente que esteja sempre aprendendo Normando, não importa com quem, o importante é estarmos abertos ao aprendizado eternamente....
ExcluirBoa semana!!