Quando exercitamos a empatia
melhoramos, por conseguinte, nossa capacidade de percepção em relação a nós e
aos outros. No entanto, tal prática está um pouco em desuso atualmente, o que
nos conduz a um comportamento que, em sua maioria, não nos permite uma análise
de suas consequências.
A empatia permite nos “colocarmos”,
de um modo imaginativo, no lugar do outro e avaliarmos o que ele sentiria em
determinada situação. Ao colocarmos essa conduta em prática, poderemos ser
capazes de compreender se o que dizemos é o que realmente desejamos comunicar.
Pode ocorrer de não sermos
capazes de nos fazermos claros em relação ao que sentimos e pensamos, então a
sensação de incompreensão pode se manifestar. Não é comum falarmos a respeito
do que sentimos, contudo esperamos que as pessoas ao nosso redor nos compreendam.
Quem sabe através de uma
“telepatia”. Porém, felizmente ou infelizmente, ainda não somos capazes de ler
os pensamentos uns dos outros. Desse modo, é de suma importância que cuidemos
do modo como nos comunicamos, exercitando nossa capacidade de percepção do
outro e nos habilitando para mudar como dizemos o que pensamos, para, assim,
sermos melhores entendidos.
Entretanto, essa empreitada não
constitui algo totalmente simples, pois ao aprimorarmos nossa capacidade de
percepção de um modo geral, também podemos estimular nossa capacidade de
compreensão acerca das relações as quais estabelecemos. E, assim nos sentirmos
mais próximos daqueles que fazem parte de nosso círculo de convivência.
Porém, o movimento de nossa
sociedade parece caminhar em sentido contrário. Desse modo, correremos o risco
de nos colocarmos em oposição ao generalizado, o que, em um primeiro momento,
pode parecer assustador.
No entanto, ao presenciarmos diversas
dificuldades de relações nos dias de hoje, tal atitude pode constituir o início
de uma mudança a qual pode ser necessária para o alcance das expectativas que
podemos ter em relação ao bem estar geral.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124