Em algum momento de nossa
existência pode ocorrer de nos questionarmos a respeito de nossas oscilações de
comportamento, sentimento, ou mesmo, humor. Não constitui uma raridade nos
preocuparmos com nossa conduta em comparação ao que é esperado de alguém considerado
“equilibrado”.
Ao longo de nosso dia-a-dia
estamos sujeitos a diversas intempéries.
Ao conviver em grupo estamos, a todo o momento, a mercê das regras
subsistentes ao convívio pacífico o qual se pode almejar. Porém, ao mesmo tempo
em que somos regulados, também podemos experimentar alguma frustração
relacionada ao cerceamento que tais regras proporcionam.
Sendo assim, não se pode
classificar como anormal a busca de ocasiões em que possamos usufruir de alguma
oportunidade de alívio do estresse, causado por uma vivência permeada de
limites.
Contudo, não se pode deixar de
lembrar que somos seres os quais se constituem com o convívio junto ao outro.
Então, a convivência em grupo, bem como com suas regras de convívio, nos
permitem desenvolver nosso potencial humano e de relações.
Entretanto, as frustrações também
podem estar presentes quando nos dispomos a buscar o chamado “equilíbrio”. Isto
é, um modo de ser o qual não ofereça grandes variações, de modo que os momentos
de alegria e de tristeza não se sobressaiam ao ponto de nos conduzir a
sentimentos os quais não sejamos capazes de omitir, de maneira “civilizada”, de
nossas relações diárias e mais comuns.
Assim, se faz importante a
lembrança de que a busca de uma estabilidade emocional, esbarra em nossa capacidade
de compreensão das diversas situações que nos envolvem. Essas situações
constituem as oportunidades as quais estamos sujeitos para fazer uso delas em
nosso proveito, ou não. No entanto, é necessário mantermos em nossa lembrança
que serão nossas escolhas pessoais e intransferíveis que irão nos auxiliar na
busca do equilíbrio que, em algum momento de nossa existência, procuramos de
modo mais acentuado.
Para isso, talvez seja necessário
colocarmos em prática o exercício da
reflexão em relação aos nossos objetivos
e ao modo como estamos lidando com as
dificuldades envolvidas no processo de realização deles.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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