Estabelecer limites para as
investidas daqueles com quem convivemos é de extrema importância.
Fiódor Dostoiévski, escritor
russo, afirmou uma vez: “o sarcasmo é o ultimo refúgio das pessoas moderadas
quando a intimidade de sua alma foi invadida”. Quantas vezes temos nossa “alma”
invadida e como reagimos diante desse fato?
É comum usarmos as ferramentas
disponíveis relacionadas ao nosso modo de ser: nossas defesas. No entanto, se
não as conhecermos podemos nos encontrar em uma posição na qual limitamos nosso
desenvolvimento. Ora podemos nos localizar em uma posição de prontidão o tempo
todo, ora inibirmos possibilidades em acessar informações que poderiam oferecer
chances de crescimento ímpares e que apenas se tornarão disponíveis se nos
permitirmos o contato com elas.
Então, como proceder para não nos
colocarmos a mercê das investidas diárias a que estamos sujeitos e, ainda nos
permitirmos o contato em nosso dia-a-dia com as oportunidades disponíveis? Isto
é, como avaliar as situações diversas de modo a minimizar os “danos” para nós
mesmos e minimizar, assim, o uso de nossas defesas?
Estabelecer limites para as
investidas daqueles com quem convivemos é de extrema importância. Porém, para
exercemos tal “controle” é necessário conhecermos de antemão quais são nossos
limites. Isto é, o que nos atinge de modo a nos prejudicar e o que nos atinge e
entendemos como prejuízo, mas, no entanto, não constitui algo dessa monta.
Ao aventar tal possibilidade
podemos, em um primeiro momento, afirmarmos ser uma tarefa permeada de inúmeras
dificuldades, e tal afirmação não constitui uma inverdade. Então, podemos nos
acomodar na condição em que nos encontramos atualmente e nos sentirmos bem com
isso.
Entretanto, há os momentos quando
nos sentimos, como destaca Dostoievski, invadidos de tal modo que nos
defendemos. Contudo, ocorre muitas vezes de essa defesa não emergir do modo ou
com a frequência que desejávamos. Nesse momento podemos experimentar
desconfortos relacionados a nós mesmos. Desse desconforto, diversos sentimentos
podem se fazer presentes e eles podem nos causar sensações que não gostaríamos
de experimentar.
Sendo assim, se nos proporcionarmos
a possibilidade de um conhecimento mais elaborado acerca de nossos sentimentos
e as reações por eles desencadeados, exercitaremos um modo de conhecer também
nossas defesas. E ampliaremos, desse modo, as chances de elas serem utilizadas mais
adequadamente para visar nossos ganhos e, não prejuízos indesejados.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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