21 outubro 2011

DESTINO

Podemos atribuir ao menos duas possibilidades a uma mesma situação. No entanto, nem sempre temos consciência disso. Filósofos como Jean Paul-Sartre e Heidegger afirmam sermos bombardeados com diversas alternativas a todo o momento e, o mais importante, fazemos nossas escolhas baseados em nossos desejos e experiências vividas. Somos, a cada dia, o resultado do que vivemos anteriormente. Fritjof Capra, físico teórico, destaca em seu livro “O ponto de mutação” as consequências e a importância da interconexão a nós todos submetidos, mesmo que não estejamos atentos a ela. Ou seja, nossas decisões e atos tangem os atos e decisões de quem nos cerca, sem importar a distância que nos separa um do outro influenciamos e somos influenciados pelos atos uns dos outros. Em um texto em um jornal o autor destacava as consequências do comportamento de algumas pessoas, as quais não se sentem responsáveis pelos dejetos de seus animais em vias públicas. O próprio animal não possui capacidade para os cuidados com sua higiene, então o convívio com outras pessoas nos leva a limitar nossa liberdade de ação. Isto é, somos mesmo “autorizados” a submeter outrem ao nosso “desleixo”? Tal comportamento e o olhar do autor retratam uma das diversas formas pelas quais somos afetados pela atitude alheia, como afirma Capra. Ao levar em conta o pensamento desses três autores fica inviável acreditar na possibilidade de não termos controle sobre nosso viver, sendo subjugados a um destino previamente determinado. Então, poderíamos afirmar, imbuídos desse pensamento, que somos os senhores de nosso destino. Nesse caso, cabe a nós a busca da melhor forma de conduzí-lo. Sendo interligados e nossos atos não constituírem fatos isolados, mas relacionados aos outros seres os quais compartilham os mesmos espaços que nós, e nossas opções e escolhas constituírem o ser que somos. Ao atentarmos a esse fato nos vemos abastecidos de informações sobre as diversas formas pela qual podemos “moldar” nosso ser. Dando a este mesmo ser conotações e colorações embasadas em nossas escolhas. Então, um papel importante o qual nos cabe é o de nos empenharmos em descobrir maneiras de desenvolver nossa habilidade de percepção do mundo que nos cerca. Atentando ao fato de não estarmos sozinhos nele e termos a companhia de outros seres vivos os quais participam das consequências dos nossos atos assim como somos afetados pelos atos deles. Márcia A. Ballaminut Cavalieri Psicóloga CRP 06/95124 E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

Um comentário:

  1. Nossa autonomia se funda na responsbilidadeque vai sendo assumida e construida quando eu enxergo o outro e vice versa. bjs maria

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