No dicionário Aurélio encontra-se
como uma das definições da palavra ilusão: engano dos sentidos ou da mente, que
faz que se tome uma coisa por outra, que se interprete erroneamente um fato ou
uma sensação.
Outro fator é que ao nos
iludirmos incorremos em uma grande possibilidade de nos frustrarmos. Ao ter em
vista ser habitual investirmos muito de nossa energia na busca do que consideramos
ideal, ao constatar ser isso uma ilusão somos conduzidos, quase inevitavelmente,
à frustração.
A psicóloga Lídia Rosenberg
Aratangy afirma em seu livro “Doces Venenos” ser a frustração não um desvio da
rota, mas parte do caminho do desenvolvimento. Segundo ela todos nós precisamos
aprender a tolerar o fato de não ser possível termos tudo, nem ganharmos todas
as batalhas. Sendo assim, essa capacidade, como afirma a autora, tem tudo a ver
com a possibilidade de fazer escolhas, que tem tudo a ver com o poder dizer
“não” a um prazer imediato.
Mas, como identificar quando
estamos sendo levados por um engano de nossos sentidos ou da nossa mente? Na
ânsia por satisfazer nossos desejos podemos ser induzidos a crer na
possibilidade de algo o qual pode não acontecer. No entanto, como
identificarmos tais situações e, ao fazer isso, como proceder para que a dor da
frustração seja menos intensa?
A possibilidade de fazer escolhas
é também, como afirma o filósofo Jean Paul-Sartre, uma condenação devido ao
fato de o fazermos a todo o instante e, sermos obrigados a lidar com suas
consequências. Então, ao escolhermos nos colocamos a mercê de uma possível
frustração se estivermos envolvidos em algum tipo de ilusão.
Identificar quando estamos
enganados a respeito de algo não constitui tarefa simples. Nossa ânsia pela
satisfação e prazer imediato pode fazer com que nos tornemos afoitos na busca deles.
E, diante dessa ansiedade nossa capacidade de avaliar as situações pode ficar
obnubilada. E, desse modo nos tornamos presa fácil para a dor da frustração.
Se contarmos com nossa capacidade
de reflexão e conseguirmos conter nossa ansiedade, poderemos exercer com maior
discernimento a possibilidade de clarificarmos nossa análise dos fatos e, então
nos protegermos da chance de tomarmos uma coisa por outra.
Em muitas ocasiões o poder contar
com alguém o qual nos auxilie a “abrir os olhos” pode ser uma grande
oportunidade para nos mantermos no caminho de nosso desenvolvimento. Assim
priva-nos o máximo possível das ilusões, ou, ao menos, diminui sua frequência
ou, ainda, o tempo no qual nos mantemos iludidos.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Precisão é uma das qualidades latentes na mente dessa moça de sorriso difícil e voz profunda, marcante e de comentários salutares e revigirantes!
ResponderExcluirFique com DEUS, doutora.
Abraço!
Normando
Alguém já disse que a bondade está nos olhos de quem vê...
ExcluirObrigada por seu olhar sempre generoso Normando!!!
Abraço.
Márcia.