Nesta época do ano ocorre de
muitas pessoas questionarem-se a respeito de sua “metade da laranja”. Algumas
histórias nos conduziram a acreditar em combinações perfeitas e finais felizes
eternos. Porém, será a felicidade ininterrupta nosso maior desejo? Qual será a
real busca que empreendemos? O que se pode considerar uma felicidade duradoura?
Uma data comemorativa instituída
pelo comércio pode nos conduzir a sentimentos indesejados quando nos deixamos
levar pelo clamor comercial. Não é raro
encontrarmos, nos dias de hoje, quem busque, inclusive, assumir uma postura
reversa ao se negar a participar das solicitações comerciais deste período. No
entanto, muitos são os que se sucumbem movidos por diversas razões nem sempre
claras para si mesmo.
Quando se fala em felicidade corremos
o risco de ser levados a imaginar um relacionamento no qual as pessoas “sempre”
se entendem com rapidez, sem mágoas ou qualquer tipo de ressentimento.
Entretanto, será possível um relacionamento satisfatório se não houver ao menos
um contraponto? Isto é, ao viver em constante contato com paradoxos, será
possível não experimentá-lo nos relacionamentos? O contato com quem nos ofereça
constante aceitação às nossas opiniões e desejos pode incorrer numa rotina, a
qual, inclusive, conduza a um desgaste tanto quanto um constante desencontro
poderia originar.
Então, como encontrar um
equilíbrio o qual proporcione a possibilidade de se estabelecer um
relacionamento que perdure, e que ofereça certo grau de satisfação aos envolvidos?
Para o desejo de permanecer unido ser mais forte do que as adversidades?
Às vezes nos esquecemos de que
esse equilíbrio também permeia a satisfação individual de cada um. Ou seja,
todos nós buscamos nos sentir realizados quando nos permitimos a proximidade
com alguém. Mas ignorar esse fato pode nos levar a enganos e ilusões dos quais podem
impedir um olhar mais acurado para as sutilezas envolvidas em um relacionamento
envolve.
Sendo assim, se mantivermos na
lembrança a necessidade de satisfação pessoal unida à satisfação dos envolvidos
na relação, ficamos sujeitos a uma maior chance de sucesso na empreitada da “felicidade
duradoura”. E ter em vista permear não somente a felicidade dos envolvidos como
um todo, mas também as satisfações individuais.
Desse modo, ao conhecer e
compreender nossas necessidades, desejos e satisfações, podemos nos permitir
ser mais eficientes no contato com as nossas possíveis “metades da laranja”. Se
é que essa consiste nossa real busca...
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Boa noite!
ResponderExcluirCoerente e nos coloca reflexivos e perplexos!
Na física os opostos se atraem, na vida, os iguais se juntam, se somam, e buscamos uma metade, nao contra e posta, mas a nosso Grilo Falante, que nos complete se destruir.
Obrigado pela aula e exercício de limites!
Fique com DEUS!
Bom final de semana
Abraço
Normando Celestino
Obrigada por seu olhar sempre generoso para meus textos Normando!!!
ExcluirFico contente que pude proporcionar reflexões.
Bom final de semana pra vc e toda a família!!
Abraço.
Márcia.
Quer dizer que tudo certinho se desgasta. Atender uma pessoa em todas as suas expectativas em algum momento à desencanta?
ResponderExcluirLauri
O que desencanta é o contato sem consistência.
ExcluirTudo precisa ser vivido intensamente e para isso acontecer precisamos nos entregar completamente.
Dizem que a paixão termina.
Será que o que ocorre não é nosso comodismo?
Numa relação, seja ela com quem for, é preciso continuemos presente e atentos para que ela perdure.