Sonhamos com os mais variados
tipos de situações. Desde um pequeno objeto o qual desejamos até uma condição
pessoal mais específica. Em nosso dia-a-dia nos acostumamos a ouvir aqui e ali
alguma referência à necessidade de termos cuidado com o que sonhamos para não
nos frustrarmos.
Contudo, como controlar o nosso
desejo mais fervoroso? De qual modo podemos estabelecer um limite entre o que
queremos e o que podemos querer? Certo alguém comentava a sua tranquilidade em
relação aos seus sonhos por terem sido eles todos realizados. Daí surge uma
pergunta: esse alguém teve todos os seus sonhos realizados, ou sonhou sonhos
passíveis de serem concretizados? Como delimitar a diferença entre eles?
Nas solicitações diárias as quais
estamos todos submetidos é comum não encontrarmos tempo disponível para
reflexões que nos conduzam a um conhecimento pessoal mais apurado. Isto faz com
que tomemos nossas decisões, sem avaliarmos com maior afinco os prós e os
contras envolvidos nelas.
Ao não sermos conscientes de
nosso potencial bem como de nossos limites incorremos em uma grande
possibilidade de “errarmos” na escolha de nossos sonhos. Escolha, porque como
afirmou o filósofo Jean Paul-Sartre, somos condenados a escolher, pois o
fazemos a todo o momento. Inclusive quando nos iludimos com a ideia de termos
deixado de escolher, segundo o filósofo, o fizemos. Isto é, ao não escolhermos
fizemos a escolha por essa opção.
Então, diante de tal
“condenação”, por sermos obrigados a lidar com as consequências das escolhas
feitas, ao procedermos a uma análise a respeito de quem e como somos, nos
tornamos mais aptos a “controlar” nossos sonhos. Ou seja, proporcionamos a nós
mesmos a possibilidade de avaliar o que desejamos, bem como considerar as
possibilidades desses desejos concretizarem-se ou não.
Diante disso, assumimos uma
posição singular na atualidade. Descartamos
o devaneio como um capricho da imaginação, para, privilegiarmos o sonho, isto
é, uma ideia a qual nos domina e que perseguimos com paixão e interesse.
Sendo assim, ao nos propormos ao
conhecimento pormenorizado de nossas paixões e interesses, podemos estabelecer
uma relação mais acolhedora com aquilo desejado. E, assim, sonharmos sonhos
passíveis de serem concretizados com maior frequência. Estabelecendo, desse
modo, uma correlação de satisfação mais frequente em nosso existir.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Sonhemos, sonhos passiveis, e, como é sonho, vamos sonhar!
ResponderExcluirObrigado sempre!
Fique com DEUS
Obrigada Normando...
ResponderExcluirÉ sempre muito bom ler seus comentários.
Abraços.
Olá Márcia,
ResponderExcluirParabéns pelo texto, pelo olhar de discernimento sobre os nossos sonhos que são, penso eu, valiosos nutrientes da alma.
Abraço,
Lidia
Comentário enviado pro e-mail pela Professora Lídia.
Os sonhos encurtam a distancia entre a filosofia e vida como ela é, nosso cotidiano ganha uma lógica não tão rígida nem tão permeável, mas dá pra entender que através dos sonhos quero desejar meus desejos e o desejo de muitos... bjs maria
ResponderExcluirObrigada por suas observações Maria... Beijos.
Excluiros sonhos são ótimos, aquilo que não podemos ter é preenchido pelo sonho, até coisas impossiveis como voar
ResponderExcluirAbraço Marcia
Bela reflexão!!!
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