19 outubro 2012

PADRÕES


As condições de vida atual nos permite contato com as mais variadas informações. Bem como o acesso a itens de consumo inimagináveis há alguns anos. Toda essa evolução nos permite progressos e conquistas nem sequer sonhadas em um período anterior a essa acessibilidade.
Juntamente com o acesso a bens de consumo e informações, há também a proximidade junto ao conhecimento acerca de diversos assuntos e temas nos seus mais complexos detalhes. Necessário é apenas estarmos interessados. 
Atrelado a toda essa facilidade o contato com padrões estabelecidos também se torna uma constante. Estereótipos e expectativas sociais quase nos aprisionam em um modo de ser e de conviver “padronizado”, sem oferecer espaço para surpresas.
Por conviver com tudo isso nos tornamos, em não raras ocasiões, confusos quanto a quem somos e ao que realmente queremos. Isto é, não nos sentimos totalmente seguros acerca de nossa busca constituir o que de fato nos completa.
Pode ser identificado um ritmo semelhante em todo processo de desenvolvimento pessoal, o qual culmina em uma direção análoga. E, quando alguém decide ter um comportamento ou uma decisão diferente do “comum”, experimenta certo desconforto em relação aos seus companheiros. Esse fato pode se tornar crítico, fazer com que, em algumas vezes, o retorno ao ponto comum, para não sofrer a “discriminação”, torne-se uma alternativa muito atrativa.
Ao se deparar com desejos e anseios os quais nos levam a experimentar alguma aflição, talvez, seja o momento de refletir acerca deles. Para depois averiguar se nos “pertencem” ou se constituem apenas solicitações sociais com as quais nos deparamos, mas nem sempre nos apresentamos aptos a discernir.
Sendo assim, toda ferramenta útil no sentido de nos possibilitar um autoconhecimento mais específico e acurado, torna-se indispensável nos dias atuais quando a velocidade tornou-se a característica mais presente.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

2 comentários:

  1. Márcia, parabéns pelo texto!

    Se for possível, e se você achar pertinente, escreva algo sobre ferramentas úteis para o exercício do autoconhecimento.

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    1. Olá Sandro... obrigada por seu retorno, é sempre muito gratificante.
      Quanto a sugestão agradeço!!
      Acho que tenho escrito um pouco sobre isso em todos os textos... mas, acredito que a principal ferramenta para autoconhecer-se é permitir-se a proximidade consigo mesmo.
      Bom final de semana e mais uma vez obrigada!!

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