Há algum tempo, em um desenho
dirigido a crianças, um pai tentava ensinar à filha pequena a necessidade de
sempre se dizer a verdade. No entanto, com essa afirmação a criança deu início
a um verdadeiro bombardeio sobre as verdades observadas, atingido a todos que
se aproximassem dela. O pai viu-se, portanto, com a necessidade de orientar sua
filha em como “usar” a verdade.
Fica então uma questão: há como
“administrar” a verdade? Elisabeth Kübler-Ross, em seu livro “Morte e Morrer”,
afirma ser a verdade sempre a melhor opção. Então, constituindo a melhor opção
como inseri-la em nosso dia-a-dia de modo a não ferir quem nos cerca?
Não são poucos os momentos em que
nos deparamos com algo a ser dito, no entanto, não sabemos ao certo como
proceder à abordagem. Há afirmações no sentido de ser necessário aguardar o
momento adequado, para que o objetivo seja atingido e para que a verdade não
seja uma arma empunhada. Ou seja, atentar para a oportunidade em que o que será
dito não seja interpretado de um modo diferente daquele desejado por nós.
No entanto, como proceder quando
a verdade a ser exposta diz respeito a nós mesmos. Isto é, quando o que precisa
ser “dito” tem a necessidade de ser revelado a nós e por nós? Essa não é uma
tarefa simples. Nem sempre estamos capacitados a conhecer nossa própria
verdade.
Não atentando para o que
realmente ocorre conosco nos envolvemos na ilusão. E permanecemos imbuídos da
ilusão, distorcemos nossa percepção a nosso respeito cerceando, assim, nossas
possibilidades de desenvolvimento pessoal, o qual permitiria o estabelecimento
de relações mais satisfatórias.
Ao se falar em relações
satisfatórias somos levados a pensar em relações com outras pessoas. Contudo,
não podemos nos esquecer de que estabelecemos relações com tudo o que nos cerca,
sejam seres vivos ou não.
O relacionar-se com tudo e com
todos nos é permitida a conquista da sensação de satisfação ou de frustração.
Então, ao conhecer nossas verdades, sejam elas agradáveis ou não, nos
permitimos uma chance de experimentarmos tal satisfação, a qual pode culminar
na experiência de tranquilidade tão almejada nos dias atuais.
Por isso, assume grande
importância a busca de maneiras para possibilitarem nosso conhecimento acerca
de quem somos. Porque pode oferecer algum sentido ao pensamento da autora
citada anteriormente quando afirma ser a verdade sempre a melhor opção.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br
Márcia, parabéns pelo seu discernimento. É difícil andar de acordo com a verdade sem nos tornarmos policialescos e legalistas. Creio que o amor é a chave para a aplicação de toda verdade. Fique na paz, saúde!
ResponderExcluirOlá Sandro!!
ExcluirMuito obrigada por seu comentário!
É sempre muito gratificante ter um retorno desses.
E, definitivamente, o amor é a grande chave para tudo.
Bom domingo para você e toda a família!!
Um amigo sempre me disse. que duas pessoas ouvindo e vendo o mesmo fato, contam esse fato de formas diferentes. Uma terceira pessoa ao ouvir o fato desses dois ouvintes deve se ater a nuance de que a história contada tera sempre 03 versões, a minha, a sua, e a VERDADE.
ResponderExcluirAprendi com um amiga do meu coração que Verdade, com V (maiúsculo) é algo que não muda. Mas que mesmo as verdades podem mudar e serem relativas. Aprendi que as pessoas tem seus limites, que devemos respeitar esses limites. E na maioria das vezes não estão preparadas para as verdades que as vezes são nossas verdades e para os outros, ainda não são Verdades.
A senhora como sempre, perfeita em suas colocações.
Obrigado por ajudar a formatar um negro, que acredita na VERDADE.
Fique com DEUS
Muito obrigada por seu retorno sempre muito gentil Normando!!!
ExcluirEu fico muito feliz por ter podido inspirar essa sua reflexão...
Com certeza as nossas verdades podem não ser para os outros, mas são, definitivamente... nossas verdades.
Obrigada pelo carinho.
Abraço.
Saudades de você, amiga!
ResponderExcluirVocê como sempre inspirada a nos inspirar!
Parabéns pelo texto, não deixo de me alimentar com eles.
O que eu estou escrevendo não é uma verdade absoluta, mas subjetiva a intenção de transmitir, valores pessoais, morais e até espirituais.
Beijos no seu coração, e não deixe de escrever nunca!
Olá André!!!
ExcluirFaz tempo mesmo!!!
Minha inspiração vem de olhar para o que me cerca.
Acredito que quando estamos atentos ao que acontece ao nosso redor nos conectamos com todos e com tudo.
Algo sumamente importante para o meu trabalho.
E, por isso, gosto de publicar os textos para proporcionar um pouco de reflexão.
Fico muito contente que tenha gostado e que acompanhe o blog!
Sua reflexão é sempre muito gratificante e inspiradora também.
Beijos a vc e a toda sua família linda!!
Obrigada.