Há várias formas pelas quais
podemos estar aprisionados. Nossa prisão pode constituir em um lugar onde
estamos “confinados”, ou pode ocorrer de este “lugar” representar apenas uma
condição emocional na qual nos encontramos.
Esta condição pode estar pautada em
algum tipo de relacionamento estabelecido com alguém ou conosco. O importante é
nos permitirmos voltar nossa atenção para tal fato e, deste modo, instituirmos
maneiras pelas quais nos habilitamos a mudar tal situação.
No entanto, uma mudança solicita
de nós a conscientização de como estamos atualmente. Isto é, para sermos capazes de um
movimento em uma direção diferente da habitual, precisamos nos posicionar de um
modo a nos permitirmos o conhecimento acerca do que se apresenta com a
possibilidade ou necessidade de mudar.
É comum inibirmos tal processo
com justificativas variadas. E que, em sua maioria, constituem apenas em
justificativas, as quais dissimulam nossas inseguranças e receios em relação à
iniciativa necessária para encetarmos a trajetória rumo a um desenvolvimento, o
qual nem sempre estamos propensos.
Contudo, ao nos rendermos às
inseguranças experimentadas quando nos deparamos com a possibilidade do novo,
procedemos como nossos próprios algozes e nos aprisionamos em situações as
quais podem cercear nosso potencial.
Uma existência plena de
realizações e satisfações não encontra contradições, quando lhe é disponibilizada
situações que vislumbram uma condição a qual a realize. Ou seja, ao permitirmos
que nossos “sonhos” sejam planificados, estes assumem contornos de realidade à
medida em que direcionamos nossa energia para tal intento. Desse modo,
iniciamos um processo no qual as amarras que nos aprisionam começam a se
desfazer.
Entretanto, para alcançarmos tal
estado é necessário delimitarmos os limites com os quais nos deparamos e, cientes
deles, exercitarmos a sua flexibilização. Para, assim, assumirmos o domínio
sobre as adversidades com as quais somos levados a lidar diariamente e que nos
conduzem a um modo de agir que pode nos “aprisionar”.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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