Uma mensagem recebida pela
internet me chamou a atenção. Ela se tratava sobre um monge e seu discípulo, os
quais precisaram de hospedagem ao longo de uma viagem. Avistaram uma casa
simples e foram atendidos em sua solicitação pelos donos dela. Durante a
estadia notaram que a família vivia em condição quase precária e que possuíam
uma vaca da qual tiravam seu sustento. Ao amanhecer, antes de partir, o monge
empurrou o animal em direção a um precipício levando-a a morte. O discípulo
indignado solicitou uma explicação e o monge afirmou ser o comodismo a razão da
estagnação do desenvolvimento daquela família. Alguns anos se passaram e o
discípulo retornou ao local encontrando-o muito próspero. Ao questionar o
proprietário, este relatou que no dia em que eles partiram sua vaca havia
sofrido um acidente que causou sua morte. Então, eles foram “forçados” a buscar
alternativas para sobreviver, levados, assim, ao progresso no qual se
encontravam.
O contato com essa história pode
nos induzir a buscar “vacas” em nossa vida. Ou seja, o que nos apoia e, em
muitas ocasiões pode nos levar ao comodismo. No entanto uma reflexão em sentido
contrário, poderia ocorrer nesse momento, e nos perguntarmos se não somos
alguém que age de modo a ser um empecilho para o desenvolvimento de outrem, ou
de nós mesmos. Isto é, somos a “vaquinha” na vida de alguém?
Todo relacionamento proporciona algum
desenvolvimento, por isso podemos afirmar que nosso ser se constrói a partir do
contato com o outro. Isto é, a referência recebida por meio das relações por
nós estabelecidas é de suma importância para o desenvolvimento de quem somos. Pois
o movimento de ir e vir possibilitado pelas relações nos permite o exercício da
flexibilidade necessária para nosso crescimento pessoal.
Porém, em muitas ocasiões, agimos
de modo a tolher quem amamos em nome desse sentimento. Contudo, não podemos nos
esquecer que o crescimento pode estar envolto em algum tipo de “dor”. E a busca
da eliminação dela pode ocorrer instintivamente.
Entretanto, se nos dispusermos a
agir de modo mais atento em relação a nós e às nossas relações, poderemos ser
capazes de vislumbrar se conduzimos alguém ao comodismo. Especialmente nós
mesmos. Então, ao detectarmos tal atitude, poderemos assumir um papel ativo no
sentido de “empurrar” para o abismo os entraves presentes em nosso “caminho”.
E, assim, nos habilitarmos a prosperar no sentido de nosso desenvolvimento.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Interessante o texto. Esta semana mesmo coincidentemente na nossa reunião com meu pessoal discuti com eles sobre o comodisco, a acomodação e que na minha humilde opinião leva até a um nivelamento baixo de ambição. O inconformismo com as estabilidades alcançadas e vividas deve ser sempre trabalhado penso eu.
ResponderExcluirCom certeza André... quando nos conformamos demasiadamente corremos um sério risco da estagnação sem desenvolvimento algum.
ExcluirObrigada pelo comentário!!!
Prezada Marcia, parabéns pelo texto. Muito oportuno no momento em que estou, sou contador em Ribeirão Preto, tenho um escritório com 10 empregados.Sinto que tanto eu, quanto os meus liderados estamos acomodados. Obrigado pela reflexão e muito sucesso a você. abraços.
ResponderExcluirEu quem agradeço Edson... fico muito contente que tenha proporcionado a reflexao e agraço muito pelo comentário!!
ExcluirAbraço.