Pode constituir uma tarefa não
muito fácil a de identificar quando fazemos uma concessão ou quando abrimos mão
de algo importante para nós. Em diversas situações distinguir, entre algo que
nos satisfaz e algo que nos frustra torna-se quase impossível.
Podemos dispender anos de nosso
tempo a fazer concessões das quais não fazem sentido quando nos aprofundamos
nas razões que culminaram em tal atitude. Ou podemos experimentar sensações de
tristeza das quais não sabemos a origem.
Contudo, se ao experimentar o
sentimento de tristeza buscarmos ajuda para a compreensão desse sentimento,
pode-se “abrir uma porta” a qual nos conduza a possibilidades não atinadas
anteriormente.
É muito comum nos habituarmos a
algo aparentemente satisfatório, mas ao ser ponderado atenciosamente começamos
a entender que tal hábito consiste, na realidade, em uma rotina estabelecida e
permitida por nós. Essa rotina pode nos aprisionar em algum estado, paralisando-nos,
o que, segundo o filósofo Heidegger, constitui uma das principais razões do
adoecer. Desse modo, podemos
experimentar a ausência do prazer em viver e darmos início a um processo que
pode alcançar níveis de insatisfação não aventados por nós.
Por isso, o processo que inclui o
olhar e a reflexão acerca de nossos sentimentos e suas razões, pode constituir
uma possibilidade de modificarmos algumas rotinas as quais tangenciam
concessões e que nos colocam em posição de sofrimento. De modo a impossibilitar-nos
ser capazes de oferecer aos relacionamentos que estabelecemos o melhor de nós.
Sendo assim, ao nos propormos ao
cuidado para com nossas concessões, também nos propomos a melhorar as relações
que estabelecemos. Por conseguinte, reduzimos as frustrações e estabelecemos
contatos embasados em satisfação e não em dores.
O viver plenamente envolve nos
sentirmos livres. Tal liberdade consiste em nos responsabilizarmos por nossas
escolhas. Ao cuidarmos de nossos atos e decisões estamos, portanto, cuidando de
nossas escolhas e, assim, ampliamos a possibilidade de nos fazermos mais
conscientes delas.
Então, se ao invés de apenas fizermos
concessões impensadas dermos início a um movimento em prol de analisarmos as
nossas escolhas, poderemos, com tal atitude, ampliarmos nosso rol de
possibilidades acerca das opções que temos e que nem sempre nos damos conta.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br
Saudades de "você" amiga! Cada leitura é um pedacinho de você que guardamos conosco! Parabéns pelo texto. Abrimos concessões sim, eu abro sempre! A maioria das vezes pra reduzir sofrimentos. Beijos
ResponderExcluirOlá André...saudades de seus comentários também!! Sempre enriquecedores!!
ResponderExcluirObrigada pelo carinho e um lindo final de semana com a família ok!!
Beijos.
Que reflexão sobre o que queremos de nós para nós e para os outros. Obrigado
ResponderExcluirEu quem agradeço Normando, pelo retorno sempre presente.
ExcluirAbraço e boa semana!!