Há diversas maneiras para cogitar
o que significa compreender algo ou alguém. Pode consistir em entendemos a
respeito de algo, ou ainda perceber e aceitar alguém simplesmente como ele é.
Enquanto na teoria tal atitude denota grande facilidade, ao tentarmos colocar
em prática esse modo de agir, podemos nos deparar com alguns empecilhos.
Para sermos capazes de
compreender algum evento, por exemplo, há necessidade de acessarmos todas as
informações a respeito dele para podermos, com o máximo de probabilidade de
compreensão, ajuizarmos a seu respeito. No entanto, é demasiado comum nos
esquecermos desse fato. Isto é, na maioria das ocasiões designamos conceitos
diversos embasados nas informações, muitas vezes escassas ou ao menos limitadas,
a respeito daquilo que julgamos estarmos totalmente informados.
Uma pequena história divulgada na
internet contava sobre o desejo de um garoto em comprar um filhote de cachorro,
o qual o seu dono oferecia vendê-lo por um preço inferior ao dos outros que ele
possuía. Questionado sobre o porquê o vendedor informou que o referido filhote
tinha uma deformidade que o inibia em alguns movimentos. O garoto, então,
mostra ao vendedor sua própria limitação e uma das pernas e afirma que quer
aquele filhote pelo preço dos outros, porque ele não via diferença entre eles
e, o mais importante, seria capaz de compreender quando de alguma limitação que
o filhote pudesse apresentar.
Vivenciar algo, certamente, torna
extremamente mais rápida a compreensão. No entanto, uma proposta interessante
consiste em nos permitirmos olhar com maior apuro para as diversas situações
presentes em nosso dia-a-dia para, assim, necessitarmos cada vez menos
experimentar algo na “própria pele” para, então, sermos capazes de colocar em
prática nosso entendimento e aceitação.
Tal atitude pode não consistir em
algo simples pelo fato de estarmos habituados a um comportamento diferente,
porém, sair da nossa rotina sempre pode representar algo benéfico,
especialmente quando essa rotina compreende algo tão íntimo como nossa
capacidade de refletir a respeito de algo ou alguém.
Portanto, parece ser essencial
nos possibilitarmos algum movimento em prol de alguma mudança em nosso
comportamento, permitindo que possamos sair de nossa zona de conforto e, assim,
nos possibilitarmos alternativas diferentes de compreensão a respeito de nós e
das circunstâncias que nos envolvem a todo o momento.
Márcia A.
Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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