Sensação negativa, física e
mental, com que o cérebro registra o não cumprimento de uma expectativa
positiva (ou mesmo várias, de uma só vez). Isto é, desenvolve-se certa esperança
em relação a algo, e quando não atingida a meta, experimenta-se sensações
específicas relacionadas com a decepção.
Há, de maneira geral, uma
disposição nossa para crer que após a primeira frustração todo o resto também
dará errado. Sustentada pela frustração a nossa expectativa assume que tudo o
que pode dar errado... dará. O senso comum corrobora esse pensamento com
afirmações neste sentido tal como quando afirma ter-se levantado com o pé
esquerdo em um dia em que algo não ocorre como planejado.
Frustrado e com expectativas
negativas poluímos nossas emoções com mau humor e ações agressivas que, em
muitas ocasiões, nos proporcionam mal estar. Tal atitude não contribui em nada
para a melhoria do estado em que nos encontramos. E ainda acentua um
comportamento depreciativo em relação às nossas expectativas e nossa disposição.
Nesse momento um insight pode ser um grande aliado, isto
é, detectarmos a espiral em que nos encontramos de “autosabotagem” permitindo,
desse modo, uma reversão do processo. Isso pode ocorrer se nos proporcionarmos
algum tipo de prazer como um sorvete, um filme ou mesmo um banho aconchegante. Pois,
é difícil a frustração que um bom prazer alternativo não alivie.
Contudo, para nos tornarmos aptos
a proporcionar tal inversão, é necessário uma sucessão de iniciativas na qual o mais importante é estarmos comprometidos com o nosso próprio bem estar. Possibilitando,
assim, a reversão de uma trajetória a qual nos conduz, algumas vezes, à uma “punição”
que podemos nos sentir incutidos a experimentar devido a um prévio julgamento
que, em muitas ocasiões, nos leva a nos portarmos como os juízes e os algozes de nós mesmos.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Nenhum comentário:
Postar um comentário