21 agosto 2015

CURA: QUAL O MELHOR REMÉDIO?

Em busca da cura o auto-conhecimento pode ser a melhor solução, porém não a mais fácil.


Uma forte herança do olhar médico nos conduz a busca da cura para qualquer mal-estar que experimentemos, independente de constituírem a ordem física ou psíquica. No entanto, uma questão pode emergir ao atentarmos para sintomas os quais não constituem algo “aparente” em nosso corpo físico. O que significa a cura?
Se considerarmos que todos têm um modo de ser e, especialmente, de comportar-se, seremos induzidos a acatar a possibilidade de sermos diferentes. Isto é, de acordo com nossa história teremos um modo diferente de ser, agir e reagir. Então, a cura pode ter representações diferentes para cada indivíduo.
Se cada um de nós possui um tipo de cura, isto é, cada um experimenta um tipo de bem-estar individual, talvez seja de suma importância nos conhecermos, para assim, nos habilitarmos a compreender o que constitui o melhor e mais adequado para nossa existência bem como nosso bem-estar.
A atualidade visa à generalização e padronização. Não se pode negar os benefícios que esse modo de agir pode proporcionar, especialmente para as máquinas. No entanto, não é salutar nos esquecermos de que não somos como elas. Ou seja, somos indivíduos singulares com particularidades únicas.
Desse modo, o generalizar assume um caráter nocivo em oposição ao salutar. Ao respeitarmos nossas diferenças e singularidades, no colocamos em uma condição na qual a minimização de nossos “sintomas” indesejáveis ocorra.
Ao conhecer e compreender quem somos e como somos, isto é, ansiosos, depressivos, calmos, rápidos, etc., também permitimos a nós mesmos a oportunidade de aprendermos a lidar com quem somos. Pois, quando exercitamos o respeito aos limites de modo geral, tanto o nosso como o alheio, colocamos em prática a possibilidade de visualizarmos um maior número de alternativas para nossas opções.
Assim, experimentamos uma imensa sensação de liberdade, tendo em vista que ao nos mantermos estáticos em um ponto de vista limitamos nossa capacidade de “ver” e, da mesma maneira, nossa chance de conduzir de modo mais a nosso contento quem somos e como desejamos lidar com as situações diversas. Por isso, a busca da cura permeia o conhecimento de nós mesmos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124
E-mail – marciabcavalieri@hotmail.com

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