Em algumas oportunidades
estarmos tão habituados a certa situação que não percebemos quando esta se
torna um “peso”.
O lastro, a princípio, serve para
equilibrar, balancear, ajustar. Nos navios servem para equilibrá-los e nos
balões para ajustar sua altura. Entretanto, como tudo ao nosso redor, o excesso
pode tornar-se um problema. A água, indispensável para nossa vida, pode
tornar-se um problema se nos encontrarmos aprisionado em um tanque completo dela.
Podemos comparar os lastros aos
“pesos” que acumulamos em nossa memória ao longo da vida como eventos
descartáveis, sentimentos inúteis, pessoas difíceis de se lidar. Muitas vezes não nos atentamos para o fato de
algo ou alguém impedir nosso “voo”. Ocorre de em algumas oportunidades estarmos
tão habituados a certa situação que não percebemos quando esta se torna um “peso”.
Todos nós temos um potencial a
ser expandido a qualquer momento, desde que decidamos por isso. Contudo,
justificamos nossos fracassos sem buscarmos entender o que realmente ocorreu
para que não atingíssemos nosso objetivo. Ao justificarmos, nos libertamos da
necessidade de maiores análises e assim podemos continuar nossa jornada.
Mas, não podemos com isso acumularmos
lastros os quais em algum momento podem tornar-se pesados demais? Quiçá
impedindo nosso caminhar, como a imagem de algumas animações em que um
prisioneiro possui uma bola de ferro atrelada ao seu calcanhar para dificultar
ou mesmo impedir sua mobilidade.
Ao longo de nosso existir
deparamos constantemente com situações que nos “desafiam” e oferecem
oportunidades das mais variadas. Porém, se ao nos depararmos com elas
estivermos por demasiado sobrecarregados com nossos lastros, poderemos não as
perceber.
Sendo assim, se permanecermos com
nossa atenção voltada aos detalhes das situações diversas que ocorrem ao nosso
redor; se cuidarmos para que os eventos descartáveis, sentimentos inúteis,
pessoas difíceis em se lidar sejam transformadas em oportunidades de
aprendizado e crescimento; poderemos fazer valer as possibilidades as quais
temos contato e que em muitas ocasiões não as percebemos por estarmos ocupados
em demasia cuidando dos nossos “lastros”.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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