Pode ser que a decisão esteja
somente a nosso encargo de nos tornarmos um ser com o “dedo verde” ou um ser
que “vampiriza” quem se aproxima de nós.
Quando criança tive contato com
uma história sobre um menino chamado Tistu. Ele possuía um dedo verde que ao
tocar nas coisas fazia nascer flores e plantas.
Essa historieta foi-me contada para entender a força de nossa iniciativa
em expandir o bom humor e a alegria. Pois, esse garoto conseguiu modificar toda
uma cidade com a atitude de espalhar plantas e flores por onde passasse.
Do mesmo modo encontramos pessoas
dispostas em disseminar sua boa disposição seja com um sorriso, um gesto ou uma
palavra. Entretanto, também encontramos aqueles os quais armazenam rancor,
lamúrias e azedume. Nem sempre nos damos conta desse amargor presente em
pessoas as quais amamos. Entretanto, ocorre com maior frequência do que
desejamos de essas pessoas nos contaminarem com o seu “dedo de amargor”.
É compreensível vivermos um
momento de muitas solicitações pessoais de modo a nos tornarmos menos emotivos
e mais voltados ao imediatismo. Contudo, ao trilharmos esse caminho nos distanciamos
de oportunidades em estabelecer contatos para nos revigorar.
Muitas pessoas são capazes de
descrever o contato com determinado indivíduo como uma sensação revigorante,
uma “recarga de baterias”. Não raro também é esse alguém afirmar desejar ser
capaz do mesmo efeito nas pessoas.
O que será que nos torna amargos
ou não? O que nos faz “recarregar as baterias” daqueles que nos contatam ou
exaurirmos essa carga? O físico Fritjof Capra descreve em seu livro “O ponto de
mutação” o efeito da interconexão. Isto é, estamos todos interconectados de
modo a nosso agir interferir no viver do outro. Então, esse carregar ou exaurir
energias talvez tenha algum sentido real em nossos relacionamentos.
Pode ser que a decisão esteja
somente a nosso encargo de nos tornarmos um ser com o “dedo verde” ou um ser
que “vampiriza” quem se aproxima de nós. E então, experimentam uma sensação boa
ou desagradável nesse contato. Se essa decisão pertencer a nós temos então o
poder de nos tornarmos quem desejarmos. Ou seja, temos a oportunidade de
escolher quem queremos ser.
Contudo, o escolher nem sempre é
suficiente. Precisamos, a partir da escolha feita, buscar ferramentas para nos
habilitar a alcançar o que desejamos. Cabe então a nós identificarmos tais
ferramentas e empreender o esforço necessário para experimentarmos a satisfação
de conseguirmos nos tornar o que almejamos.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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