Sejam
elas emocionais ou físicas sempre causam muito desconforto pelo simples fato de
serem “nossas” dores.
É mais comum do que esperamos,
encontrar pessoas vivendo situações semelhantes às nossas. Um antigo argumento
sugere nos atentarmos para as pessoas ao nosso redor e, dessa forma, nos
consolarmos quando algo não está a contento. Devido ao fato de sempre haver
pessoas em condições piores que a nossa. Mas será isso o suficiente para
apaziguar nossas decepções e frustrações?
Podemos, ao longo de nosso
existir, acumular diversas dores. Sejam elas emocionais ou físicas sempre
causam muito desconforto pelo simples fato de serem “nossas” dores. Mesmo ao
buscarmos ser menos egoístas e voltados para nossas particularidades, nossos
infortúnios têm sempre maior destaque do que qualquer outro evento que possa
surgir à nossa percepção. Então, quando experimentamos uma dor ou frustração,
não será surpresa para ninguém se permanecermos alterados ou até deprimidos por
um período maior ou menor de tempo. E dependente da nossa capacidade para
superar tal condição.
Algumas pessoas conseguem
transcender suas dificuldades e transformá-las em oportunidades para
desenvolvimento. Poder-se-ia dizer que esse constitui um lindo objetivo para
nós. Contudo, no momento em que vivenciamos a dor, nem sempre somos capazes de
reflexões que permitam optar pela melhor forma de saná-la.
Não é comum ficarmos satisfeitos
em analisar o porquê de reagirmos de determinado modo frente a alguns tipos de
situações. Entretanto, se nos dispusermos a isso poderemos entender qual motivo
nos leva a reações às vezes indesejadas. Ou, ao menos nos sentirmos menos
infelizes quando forem situações dolorosas.
A maneira como damos significado
às nossas experiências nos permite construir nosso ser. Esse ser irá
relacionar-se com tudo e com todos, tendo em vista ser inevitável nos
relacionarmos. Porém, se nos dispusermos a cuidar desses significados teremos
maiores oportunidades de reflexões prévias às maiores dores.
Não podemos, contudo, nos
esquecermos do quão difícil é a mudança de atitude. Então, tornar-se-á prudente
buscar auxílio para essa empreitada para assim termos maiores chances de
sucesso.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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