Precisamos sonhar e desejar,
mas também precisamos estar atentos às nossas reais possibilidades, bem como às
nossas limitações. Para que os sonhos e desejos tornem-se realizações em lugar
de frustrações.
Sempre ao nos arriscarmos em algo
novo podemos contar com a certeza de que há a possibilidade de alcançarmos, ou
não, nosso objetivo. É comum nos envolvermos em uma nova empreitada e não
atentarmos para todas as suas possibilidades, especialmente para a chance de
não conseguirmos o que queríamos.
Muitas vezes, envolvidos em
nossos desejos, experimentamos certa dose de ansiedade. E esta pode ser em
maior ou menor proporção. O importante é que ela, às vezes, permite termos um olhar
mais “generoso” do que é real para a situação em questão. Esse comportamento
pode nos conduzir ao risco a que estamos sujeitos quando nos colocamos diante
de uma incerteza.
Talvez, se fossemos capazes de
avaliar “todas” as possibilidades de uma situação não nos arriscaríamos e,
então, poderíamos deixar de experimentar certa emoção. Contudo, também se faz
necessário exercitarmos nossa atenção à possibilidade da perda. Isto é, de não
conseguirmos o que desejávamos.
É preciso levar em conta que em
tudo há ao menos duas conclusões e uma delas pode não ser a que nos deixa mais
satisfeitos. No entanto, estar atento à realidade é imprescindível. Precisamos
sonhar e desejar, mas também precisamos estar atentos às nossas reais
possibilidades, bem como às nossas limitações, para que os sonhos e desejos
tenham a oportunidade de se tornarem realidades concretizadas e não apenas
frustrações.
Todavia, é preciso lembrar que as
frustrações fazem parte do aprendizado de nossos limites e, o conhecimento
deles nos permite a chance de extrapolá-los. Desconhecendo o limiar não se faz
possível a transposição do mesmo. Em muitas ocasiões somente alcançamos
determinado objetivo após experimentarmos o conhecimento acerca do limite ao
qual estávamos submetidos.
Desse modo, ao utilizarmos o
aprendizado com as experiências vividas tornamos possível uma maior amplitude
de nossos limites. E estes podem nos levar a empreitadas cada vez mais audaciosas.
Assim, as chances de sucesso com elas podem se tornar mais elevadas à medida em
que conhecemos nosso potencial e nos tornamos “condutores” dele.
Márcia A.
Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com