As frustrações fazem parte de
nosso crescimento e lidar com elas nos permite um desenvolvimento que pode nos
preparar para novas empreitadas.
O que fazer no momento em que
perdemos algo sonhado ou planejado? Muitas vezes havíamos nos dedicado e
entendemos termos oferecido o nosso melhor. Entretanto, em algumas ocasiões o
nosso melhor não é o suficiente e nesse momento podemos experimentar um sabor
amargo, o da dor da perda.
Nessas horas é comum ouvirmos
comentários sugerindo que algo superior a nós decidiu pelo nosso bem-estar e
que na verdade não perdemos, mas ganhamos com a tal derrota. Porém, será isso o
suficiente para consolar e amenizar nossa dor?
E quando essa dor é acompanhada
pelo sentimento de despeito por alguém que, por exemplo, em uma disputa tenha
ganhado de nós o tão desejado prêmio? Como lidar com todo esse turbilhão de
sentimentos que nos confundem e prejudicam ainda mais nosso julgamento?
Uma boa maneira é iniciarmos pela
tentativa de acalmar os ânimos e buscar formas para nosso pensamento poder tornar-se
organizado, a ponto de conseguirmos analisar todos os prós e contras do
ocorrido. Obviamente essa não consiste uma tarefa fácil. Porém, ao procedermos
tal análise poderemos encontrar outros caminhos bem como outras possibilidades.
Talvez bem diferente do desejo inicial, mas como uma alternativa plausível.
Em alguns momentos a dor pode
parecer insuportável como se nada pudesse saná-la. Contudo, as frustrações
fazem parte de nosso crescimento e lidar com elas nos permite um desenvolvimento
que pode nos preparar para novas empreitadas.
Elisabeth Kübler-Ross em seu
livro “A roda da vida” afirma que “se protegêssemos os canyons dos vendavais, nunca veríamos a beleza de seus relevos”. Ou
seja, a partir do momento em que somos capazes de atentar para uma situação e nos
desenvolvermos de algum modo a partir dela, podemos adquirir algo para nos
acompanhar em todas as ocasiões.
Podemos então concluir que a dor
é algo que vez por outra irá nos alcançar. O importante é aprendermos a lidar
com ela de modo a usufruir o máximo possível da oportunidade por ela oferecida
para o nosso desenvolvimento pessoal.
Não se pode esquecer, todavia,
que em alguns momentos superar tudo isso pode ficar muito mais brando quando
permitimos que alguém nos acompanhe nesse processo. Assim, o refletir acerca
das situações e a análise delas pode se tornar mais eficaz e menos dolorosa.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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