Quando se está apaixonado por
algo ou alguém experimentamos um entusiasmo muito grande, portanto a sensação
de estarmos recarregados é praticamente inevitável.
Mais frequente do que gostamos escutamos
alguém falar em desespero. Dele próprio ou de alguém de seu círculo de
convivência. Sendo assim, estamos a todo o momento sujeito a nos depararmos com
alguém, quiçá nós mesmos, em situação semelhante.
Tal sentimento pode permear um
simples desânimo em relação a algo muito desejado até o perder totalmente a
esperança de esse desejo ser satisfeito. Podemos experimentá-lo em diversos
graus e por períodos diferentes. Ou seja, podemos nos manter em desespero por
um tempo curto ou longo e isso pode ocorrer com maior ou menor frequência.
Lídia Rosenberg Aratangy,
psicóloga, destaca o fato de às vezes o sofrimento ser tanto que a ideia de
continuar vivendo parece intolerável. E afirma que para sair do desespero e do
luto necessita-se de uma paixão. Isto é, todos estão sujeitos ao sofrimento que
pode culminar em sensação de desespero, mas, segundo Lídia, a paixão pode representar
uma forma de sobrepor-se a tal situação.
Quando se está apaixonado por
algo ou alguém experimentamos um entusiasmo muito grande. Portanto a sensação
de estarmos recarregados é praticamente inevitável. Podemos nos apaixonar por
alguém que surge em nosso caminho ou porque já faz parte de nosso cotidiano.
Pode-se, ainda, apaixonar-se por uma atividade, seja ela vinculada ao trabalho
ou mesmo ao lazer.
O importante parece ser nos
vincularmos a algo para nos ser proporcionada uma sensação de completude.
Atualmente o vincular-se não assume lugar de grande importância em nosso
dia-a-dia. Porém, pode ser a falta do vínculo uma das causas de sermos levados
a experimentar sentimentos de desalento e angústia com maior frequência do que
gostaríamos.
Então, se o apaixonar-se pode ser
uma oportunidade para experimentarmos uma existência mais envolvida com
sensações de satisfação e distanciada da dor, podemos iniciar um processo no
qual nos disponibilizemos a nos vincularmos às atividades e às pessoas do nosso
círculo. Assim, possibilitaremos o exercício de nos apaixonarmos com maior
frequência. E proporcionaremos a nós mesmos a chance de nos distanciarmos das
situações ocasionadoras de dor e sofrimento.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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