Temos fases bem definidas em nosso
processo de crescimento e no início de cada nova fase, a antiga precisa ser
“enterrada”.
Sempre ao ouvir-se a palavra
morte, experimentamos algumas sensações. Afinal é difícil ser indiferente a
ela. Podemos sentir medo, tristeza, desespero, satisfação ou alívio. Mas que
tipo de morte é essa? O que é a morte? Morre-se somente quando uma vida finda
ou há outros tipos de morte a se pensar?
Ao concluirmos algo com o qual
havíamos nos comprometido e compararmos esse concluir com a morte, poderemos
amenizar os efeitos que tal palavra tem sobre nós. E mais, teremos a
oportunidade de dar início a um olhar diferente para tudo o que iniciamos e
terminamos. Poderemos, assim, compreender de um modo diferente os diversos
ciclos nos quais nos envolvemos.
No processo de se lidar com a
perda de algo querido experimentamos muitos sentimentos. Porém, se exercitarmos
a compreensão dessa perda como parte de um ciclo no qual estamos imersos,
poderemos ser capazes de avaliar mais claramente o que está realmente
ocorrendo.
Temos fases bem definidas em
nosso processo de crescimento: infância, puberdade, juventude, vida adulta e
velhice. Ao início de cada nova fase a antiga precisa ser “enterrada”. A
criança precisa deixar de existir de maneira plena para o adolescente tomar
forma. O adolescente precisa ocultar-se para o jovem assumir seu papel e fazer
suas escolhas. O jovem tem necessidade de abandonar o palco para o adulto
assumir suas responsabilidades e organizar sua vida de modo a ser capaz de
desfrutar suas conquistas.
Da mesma forma nosso crescimento
tem fases. Se procurarmos fazer uma analogia encontraremos em tudo o que
fazemos um processo semelhante. Ao engendrarmos uma nova empreitada temos o
momento de quando iniciamos contato com informações novas. Depois amadurecemos
tais informações para elas tomarem forma e poderem assumir seu papel pleno
diante daquilo que decidimos. Entretanto, ao deliberar por algo sempre deixamos
para traz outra opção que, então, “morre”. Pois, ao fazermos uma escolha algo
precisou ser renunciado.
Temos contato com a morte em
diversos momentos em nosso dia-a-dia. Precisamos, desse modo, exercitar maneiras
mais amenas para nesse processo, quando os sentimentos se apresentarem, serem
aceitos. E, assim, poderem ser compreendidos e utilizados em prol de nossa
aprendizagem para lidar com temas, a princípio, causadores de algum
desconforto.
Ao buscar tal exercício poderemos
nos munir de um verdadeiro arsenal para nos envolvermos com as mais diversas
situações e nos sentirmos aptos a enfrentar os mais variados tipos de desafios.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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