No transcorrer do crescimento e
desenvolvimento pessoal, nem sempre nos atentamos para o fato de que o sentir é
parte importante de todo o processo envolvido em nosso progresso.
A cada novo dia é possível
afirmar estarmos adiante no que concerne o desenvolvimento intelectual de modo
geral. Novas descobertas, novas formas de analisar, medir e “provar” diversos
fatos e situações tornaram-se algo trivial em nosso dia-a-dia. Compartilhamos a
satisfação com o progresso de nosso desenvolvimento como um todo. No entanto,
em alguns momentos, podemos experimentar certa consternação em relação aos
sentimentos.
Não é incomum presenciarmos, de
modo mais próximo ao nosso convívio, ou não, alguém em pleno exercício do que
parece ser uma batalha contra sensações e sintomas dos mais variados tipos. Com
um olhar um pouco mais atento, podemos ser capazes de detectar, quase que em
sua generalidade, algum traço de ansiedade, depressão ou medo subentendido
nessas sensações e sintomas. Isto é, características facilmente localizadas nas
diversas síndromes e transtornos muito comuns na atualidade.
Em uma breve reflexão podemos
concluir viver num momento em que essas situações tornaram-se rotina e, sermos,
desse modo, induzidos a crer que tal rotina representa algo o qual precisamos
aprender a conviver, por tratar-se de um fato inevitável. Contudo, essa
conclusão pode não significar a totalidade do processo. Se nos permitirmos um
olhar um pouco mais cuidadoso, talvez possamos detectar uma carência no quesito
sentimento.
No transcorrer do crescimento e
desenvolvimento pessoal, nem sempre nos atentamos para o fato de que o sentir é
parte importante de todo o processo envolvido em nosso progresso. Cuidamos de
modo peculiar do aprimoramento de nossa intelectualidade, praticidade e
racionalidade. E, em muitas ocasiões, relegamos a um plano demasiadamente
secundário nossos sentimentos.
Porém, tal atitude não se
manifesta de modo isento. Isto é, a escolha em não “cuidar” de nossos
sentimentos apresenta consequências as quais podemos não levar em conta no
momento em que decidimos não assumir riscos envolvidos nessas decisões.
Então, é de suma importância, vez
ou outra, “olharmos” de modo consciente para nossas escolhas, porque elas
constituem no processo de nossa liberdade. Mas, não podemos nos permitir
descartar de modo “definitivo” que as consequências são inevitáveis. Mesmo
quando optamos por não olhar para o que se apresenta a nós como algo gerador de
algum desconforto de qualquer tipo.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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