04 novembro 2011

PRIORIDADES

Em uma sociedade com tantas opções fica cada vez mais difícil estabelecer, de modo distinto, nossas prioridades. Muitas vezes nos deixamos levar por opiniões alheias as quais interferem em nossas decisões, sem cogitarmos a real satisfação que essa escolha nos proporciona. Em outras ocasiões podemos não ser capazes de decidir ou de transformar em realidade algo o qual desejamos, por não nos dispormos às dificuldades que determinada opção impõe. Nesse momento pode ser mais fácil acreditar que a escolha, na realidade, não é tangível, isto é, não é passível de ser alcançada. Experimentamos muitos exemplos disso em nosso dia-a-dia. Podemos, em muitas ocasiões, desvalorizar uma conquista obtida por alguém para não nos sentirmos incapazes. E isso nos conforta em concordância com nossas limitações às quais não desejamos admitir a existência. Menosprezamos os que alcançam suas metas julgando terem sido melhores afortunados. No entanto, nos esquecemos de voltar nosso olhar para nossos limites e, assim traçarmos objetivos coerente a eles. Na maioria das vezes não basta compreendermos nossas limitações, precisamos desmerecer quem é capaz para não nos sentirmos desvalorizados. Mas nesse momento surge uma questão: em um mundo tão competitivo como o atual, será a melhor solução para nossas dificuldades descrer os que de algum modo conseguiram superar-se? Podemos, certamente, nos apoiarmos nesse pensamento e acreditar que a vida, de algum modo, nos foi traiçoeira. Ou, podemos olhar para nós mesmos e tentar conhecer nossos pormenores para, então, sermos capazes de fazer escolhas mais coerentes com quem somos e com o que somos capazes de realizar. Temos desejos, mas não queremos sofrer para conquistá-los. Julgamos os vencedores pessoas as quais desconhecem o sofrimento, sem tentarmos conhecer a verdadeira história envolvendo sua conquista. Criamos heróis completamente felizes vinte e quatro horas ao dia. Será possível estarmos construindo pedestais, onde pessoas irreais ocupam lugares os quais, na verdade, não existem e nem são passíveis de existir? O que nos deixa feliz consiste em possuir algo cobiçado pela maioria ou algo que “nós” consideramos de maior importância? Nem sempre estamos prontos para responder a tantas questões. Porém, quanto mais buscarmos nos conhecer para respondê-las mais próximo estaremos de nossa realização pessoal que é acompanhada de satisfação e, por conseguinte, de felicidade. Márcia A. Ballaminut Cavalieri Psicóloga CRP 06/95124 E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

Um comentário:

  1. Nas sociedades modernas o grande fator que leva ao estresse é o individuo pensar que tem obrigação de ser feliz sempre. Já dizia Nietzsche só percebemos que somos felizes por comparação, portanto há que vivenciar os sentimentos de felicidade, de tristeza e desejos, só assim podemos comprender as prioridades nossas e do outro... abraços maria

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