11 novembro 2011

RELAÇÕES: QUEM SOMOS?

Diversas situações podem propor uma gama razoável de oportunidades. Assim como uma frase, a princípio cômica, pode nos oferecer uma oportunidade para reflexões. Como por exemplo, a seguinte frase: “voltar com o ex-namorado é como comprar um carro que já foi seu. Vem com os mesmos defeitos só que mais rodado”. Será que apenas o namorado ou o carro vêm mais rodados? Usualmente nosso olhar para os acontecimentos em nossas diversas relações, nos conduzem a crer que o outro seja o total responsável pelo sucesso ou não delas. Sejam essas relações com pessoas, objetos ou animais o importante a ter-se em mente é o fato de a relação envolver sempre dois caminhos: ida e volta. Sendo assim, se o ex-namorado bem como o “ex-carro” vêm com os mesmos defeitos, pode ocorrer de a causa disso ser, muito provavelmente, o fato de não modificarmos nosso modo de nos relacionarmos com eles. Mas, como realizar tal mudança? Ao vivenciarmos nossas experiências cotidianas, costumamos buscar modos de afastar da memória aquelas que nos causaram algum tipo de desconforto. No entanto, ao fazer isso, deixamos de lado o fato de todas as nossas experiências, boas ou não, fazerem parte da constituição do nosso ser. Pois, somos “hoje” o resultado de todas as nossas vivências anteriores. Isto é, se modificássemos qualquer uma dessas vivências não seríamos quem somos atualmente. O filósofo Jean-Paul Sartre compara as influências de nossos atos com o bater de asas de uma borboleta, o qual poderia ocasionar um maremoto em um local distante. O físico Fritjof Capra afirma ser o todo influenciado pelas partes, isto é, cada um de nós tem influência nos eventos comuns a todos. Sejam eles de menor ou maior porte. Desse modo, é sensato concluir sermos parte importante em qualquer relacionamento. E, por conseguinte, possuidores do “poder” de modificá-los também. Então, se um ex-namorado ou um “ex-carro” possuem os mesmos defeitos, talvez repouse em nossas mãos a possibilidade de modificar tal relação. Essa iniciativa pode não parecer um processo simples em um primeiro momento. No entanto, se nos dispusermos a atentar para pequenos eventos ao nosso redor, poderemos ser capazes de ampliar nossos olhar para as diversas relações estabelecidas por nós. E, possibilitarmos a oportunidade de experimentar uma nova relação mesmo com alguém de nosso passado. Márcia A. Ballaminut Cavalieri Psicóloga CRP 06/95124 E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br

2 comentários:

  1. Nas relações afetivas não devemos chegar procurando a metade do outro e sim chegarmos inteiros para somar, construir, transformar todas as experiências boas ou não que fazem parte da nossa humanização. Na relação com o mundo devemos ter consciência do que somos e o que fazer para mudar o que somos nas diversas circunstancias e possibilidades das nossas relações seja no passado ou presente

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  2. Marcia,

    simplesmente: ARRAZOOOOUU!!!!!!!! BRAVÍSSIMO!!!!! APLAUSOS DE PÉ!!!!!
    Comentário enviado pela querida Fabi...
    Obrigada sempre FAbi.

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