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17 fevereiro 2012
SENHORES DO DESTINO
No dicionário Aurélio a palavra voracidade define alguém muito ambicioso e quiçá destrutivo. Melanie Klein, psicanalista, definiu neste termo quem não se satisfaz com o que lhe é ofertado. Isto é, quando alguém julga o que lhe é oferecido como não correspondente à satisfação de suas necessidades. Para essa pessoa o “mundo” estaria sempre tentando causar-lhe, de algum modo, uma lesão ou uma perda.
A todo o momento podemos nos encaixar ou encontrar alguém que se encaixe nesta definição. É comum nos colocarmos em posição de vítimas das circunstâncias sem levar em consideração os fatos. Acreditamos que as pessoas nos devem algo, ou que tudo referente a nós parece estar corrompido de algum modo.
Ao nos posicionarmos desta forma diante do mundo também nos colocamos em situação de não sermos capazes de fazermos avaliações mais claras e ponderadas. Muitas vezes, imbuídos desse sentimento de perda, impedimos nosso próprio desenvolvimento, permanecemos “paralisados” em determinado fato o qual pode não corresponder à realidade. Sempre ao sermos capazes de refletir sobre os fatos com a maior limpidez, possibilitaremos usufruir o máximo que uma situação pode oferecer.
O filósofo Sartre afirmou ser de salutar importância o que fazemos com o que o mundo nos oferta. Ou seja, qualquer fato ocorrido pode representar uma possibilidade de crescimento. No entanto, é necessário o nosso ponto de vista e nosso posicionamento em relação à situação.
O senso comum costuma afirmar ser uma oportunidade perdida impossível de ser recuperada. Nesse caso, o que ocorre é a necessidade de lidarmos com a nova oportunidade que surge em seu lugar, fazendo dela a nossa nova “ocasião favorável”.
Então, diante da possibilidade de mudança que permeia nosso existir a todo o momento, podemos assumir a responsabilidade por tudo o que envolve nosso crescimento pessoal. E, podemos iniciar nós mesmos esse processo, o qual pode contar com auxílio alheio ou não.
O importante é assumir estar em nós a possibilidade de usufruirmos das oportunidades que surgem. E, como afirma outro filósofo, Heidegger, ampliá-las também, para nos tornar, deste modo, senhores de nosso próprio destino.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br
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Parabéns mais uma vez. Na minha opinião os textos Senhores do Destinos e Sombras se completam.
ResponderExcluirFico muito contente em saber que vc gostou do texto.
ResponderExcluirE, certamente os textos acabam por se interligarem.
Muito obrigada por seus comentários e sua leitura, especialmente por vc gostar.
Talvez seja esta uma das questões mais importantes da existência humana. Quem traça o destino? Albert Enistein disse: "Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos." Se nos comportamos como vítimas, temos os destino que merecemos, mas se ousamos enfrentar as nossas quimeras, também temos o destino que merecemos. Bom, de qualquer forma, o destino é o resultado da confiança que temos, ou não, nas nossas atitudes. Eu prefiro ir em frente, mas já estive atrás e sei como é.
ResponderExcluirSua inspiração é realmente muito agradável, e até aqui estou muito contente com o que tenho aprendido.
Parabéns! Você é um sucesso!
Certamente nosso destino está em nossas mãos, afinal podemos escolher o tempo todo. Se já esteve em uma posição não tão agradável o poder estar em um lugar diferente hoje significa uma escolha feita um dia.
ExcluirParabéns a você por suas escolhas.
Obrigada por suas palavras sempre muito gentis.