24 fevereiro 2012

PUNIÇÕES

Em algumas ocasiões podemos sentir falta de disponibilidade de toda a nossa energia para alcançar um objetivo específico. Podemos não entender o porquê de desejarmos algo e, experimentamos a sensação de não termos investido tudo na busca da realização desse desejo. Ou, podemos, em oposição, acreditar que dispensamos tudo ao nosso alcance e não ter sido o suficiente. Então, a frustração como consequência disso é quase inevitável. Porém, é necessário tentar entender o ocorrido para alcançarmos uma compreensão do evento como um todo. Assim, poderemos conceber formas mais efetivas para a realização do desejado ou, quiçá, mudarmos nosso “desejo”. No entanto alguns fatores podem interferir nesse processo de modo a nos “paralisar”. Se entendermos ser, de algum modo, a ausência de nosso esforço em prol do objetivo desejado a razão pelo fracasso dele, podemos experimentar a culpa. Nesse caso, pode parecer importante perdermos algo para nos sentirmos “equilibrados” com o universo. Isto é, sentimos necessidade de uma “punição” do mundo. Para assim experimentarmos a sensação de estarmos quites com o universo quando disponibilizou para nós uma oportunidade “desperdiçada”. Num exemplo, pode ocorrer de sabotarmos um prazer disponível como forma dessa punição ou, dispensarmos pequenos gestos dolorosos para com nós mesmos ao visar nos sentirmos “em paz”. Tais gestos podem ser de ordem física ou psíquica. O importante é nos mantermos atentos para nossas particularidades, especialmente nossas dores, para não incorrermos no risco de desencadearmos um processo de “autoflagelo”. Elisabeth Kübler-Ross em seu livro - A Roda da Vida - afirma não podermos confiar no futuro, pois a vida é sobre o presente. Então, importante é buscarmos, no presente, maneiras de nos aproximarmos cada vez mais de nós, especialmente através do autoconhecimento. Assim estaremos mais aptos a identificarmos nossas mazelas e suas causas para, então, não necessitarmos estratégias “sutis”, como o punir-se consciente ou inconscientemente. Márcia A. Ballaminut Cavalieri Psicóloga CRP 06/95124 E-mail: marcia@maximizandoresultados.com.br Esta consiste na 100ª. semana do blog marciapsc no ar. A cada semana mais acessos ocorrem. A cada um desses acessos muito obrigada, pela frequência e carinho de todos.

4 comentários:

  1. Todo ser humano deve ser suficientemente flexivel para sair do comum, do conhecido, do imediato e assumir os riscos quando se proponhe algo novo, possivel...Esse autoconhecimento no afasta do processo do autoflagelo.
    Parabens Márcia um abraço maria

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  2. Obrigada Maria... por seus comentários sempre muito oportunos e por seu carinho!!!
    Abraços.

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  3. Nossa, quanta verdade num texto só. Texto reflexivo e encorajador. Estou cada vez mais apreciando seus escritos, amiga. Abçs

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    1. Que bom que vc tem gostado dos textos André.
      Obrigada por seu retorno sempre carinhoso.

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