Uma maneira de nos mantermos
tranquilos a respeito de algo é nos distanciarmos. Enquanto criança somos
levados a um aprendizado que possibilita nos protegermos daquilo que nos
oferece algum tipo de perigo. Isto é, não nos expormos a alturas perigosas entre
outras situações.
Não podemos nos esquecer, porém, da
proteção relacionada ao nosso bem estar psíquico e emocional. Sendo assim,
encontrar formas de defender a manutenção desse bem estar, está de certa forma
inerentemente relacionado à continuidade de nosso existir. Pois, somos
amparados o tempo todo por nosso aparelho psíquico, o qual se mobiliza nos
momentos de maior dificuldade no intuito de nos manter equilibrados o máximo
possível.
A psicóloga e autora Lídia
Rosenberg Aratangy afirma haver um tipo de mecanismo para nos tranquilizar e ajudar a viver com alguma sensação de segurança num mundo abastado de perigos. Tal
mecanismo, segundo a psicóloga, consiste em dividir a humanidade em duas
partes: nós e os outros. Ou seja, ao nos colocarmos aparte de todos os outros salvaguardamos
a distância e, com isso, “garantimos” nossa segurança.
Contudo, tal segurança pode
tornar-se contraditória ao considerarmos o fato de nos construirmos como seres
existentes na medida em que nos relacionamos com os outros. Então,
estabelecermos tal separação entre nós e o resto do mundo pode nos colocar numa
situação futuramente inconveniente.
É extremamente importante
cuidarmos de nosso bem estar e buscarmos formas de nos protegermos. Entretanto,
precisamos nos manter atentos para não descuidarmos de nossas relações, tendo
em vista serem elas nossas possibilidades para novas as oportunidades de desenvolvimento
pessoal.
Sendo assim, fixar distâncias
seguras do que pode nos prejudicar é essencial. Contudo, precisamos ter cautela
com esse processo, para ao final não nos encontrarmos carentes do desenvolvimento
de mecanismos os quais permitam nos relacionarmos de modo satisfatório. Pois, a
mesma distância que nos protege pode transformar-se em obstáculo.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Legal, Márcia! Nosso maior problema não é o outro. Se estivermos bem e se, continuamente, aprendemos a proteger as nossas emoções, não teremos nenhuma necessidade de nos distanciarmos das pessoas.
ResponderExcluirBelo texto, valeu!
Olá Sandro!!!
ResponderExcluirMuito obrigada por seu comentário!!
Fico muito contente pelo retorno e especialmente por você ter gostado do texto.
Um grande abraço e bom restinho de semana!!
Márcia.