15 novembro 2013

MUDANÇA

Diversos de nossos comportamentos, pensamentos e modos de avaliar encontram-se presentes de modo acentuado em nossa rotina. De tal modo que, em muitas ocasiões, não nos é perceptível os pormenores dessas características pessoais enraizadas em nosso modo de ser.
Comumente, podemos divisar em nós um lamento ou ressentimento que nos faz questionar sobre a necessidade, importância e, até mesmo, validade de alguma de nossas decisões. Em muitas ocasiões o hábito a algumas reações diante de determinado tipo de situação é permeado de impulsividade em nossa resposta.
Contudo, não ficamos imunes aos ressentimentos pertinentes a algumas dessas reações, especialmente aquelas imediatas e da qual não nos sentimos muito seguros. Porém, em muitos momentos torna-se muito difícil o rever o curso dos acontecimentos aos quais culminaram no resultado no qual estamos inseridos. Assim, não parece possível vislumbrar uma forma de mudá-los.
Assumir a necessidade de mudança em alguma das formas como agimos e reagimos consiste em um processo árduo e, muitas vezes, “doloroso”. Entretanto, a dor experimentada quando do arrependimento por algum de nossos atos pode ser demasiadamente mais intensa.
Quando repreendidos por alguém pode-se experimentar algum desconforto e, quiçá um sentimento de raiva direcionado à origem da reprimenda. Difícil quem se sente confortável quando na iminência de ser destacado algum erro seu. Mas, pode assumir um caráter muito mais aflitivo quando nossa própria avaliação a nosso respeito nos faz experimentar o desconforto.  A sabedoria popular acentua que podemos ser o nosso mais cruel algoz.
Por isso, o exercício de avaliarmos nossos atos do modo mais isento possível, torna-se um desafio ao menos importante. Quando somos capazes de “olharmos” para nós mesmos de forma límpida, isto é, capazes de analisarmos nossas atitudes, o que as originou e as consequências advindas, nos permitimos uma possibilidade de mudança.
Essa mudança pode ser em nosso comportamento ou em nosso julgamento a nosso respeito. O primordial é que se coloque em prática a busca em amenizar os momentos de dissabor que experimentamos em consequência de nosso modo de ser e agir.
Por isso, se faz essencial nos possibilitarmos oportunidades nas quais possamos refletir acerca de nossos sentimentos relacionados ao modo como estamos habituados a agir e reagir, para assim nos habilitarmos a uma efetiva “possibilidade” de mudança.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124

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