Diversos de nossos
comportamentos, pensamentos e modos de avaliar encontram-se presentes de modo
acentuado em nossa rotina. De tal modo que, em muitas ocasiões, não nos é
perceptível os pormenores dessas características pessoais enraizadas em nosso
modo de ser.
Comumente, podemos divisar em nós
um lamento ou ressentimento que nos faz questionar sobre a necessidade,
importância e, até mesmo, validade de alguma de nossas decisões. Em muitas
ocasiões o hábito a algumas reações diante de determinado tipo de situação é
permeado de impulsividade em nossa resposta.
Contudo, não ficamos imunes aos
ressentimentos pertinentes a algumas dessas reações, especialmente aquelas
imediatas e da qual não nos sentimos muito seguros. Porém, em muitos momentos
torna-se muito difícil o rever o curso dos acontecimentos aos quais culminaram
no resultado no qual estamos inseridos. Assim, não parece possível vislumbrar
uma forma de mudá-los.
Assumir a necessidade de mudança
em alguma das formas como agimos e reagimos consiste em um processo árduo e,
muitas vezes, “doloroso”. Entretanto, a dor experimentada quando do
arrependimento por algum de nossos atos pode ser demasiadamente mais intensa.
Quando repreendidos por alguém pode-se
experimentar algum desconforto e, quiçá um sentimento de raiva direcionado à
origem da reprimenda. Difícil quem se sente confortável quando na iminência de
ser destacado algum erro seu. Mas, pode assumir um caráter muito mais aflitivo
quando nossa própria avaliação a nosso respeito nos faz experimentar o
desconforto. A sabedoria popular acentua
que podemos ser o nosso mais cruel algoz.
Por isso, o exercício de
avaliarmos nossos atos do modo mais isento possível, torna-se um desafio ao menos
importante. Quando somos capazes de “olharmos” para nós mesmos de forma
límpida, isto é, capazes de analisarmos nossas atitudes, o que as originou e as
consequências advindas, nos permitimos uma possibilidade de mudança.
Essa mudança pode ser em nosso
comportamento ou em nosso julgamento a nosso respeito. O primordial é que se
coloque em prática a busca em amenizar os momentos de dissabor que
experimentamos em consequência de nosso modo de ser e agir.
Por isso, se faz essencial nos
possibilitarmos oportunidades nas quais possamos refletir acerca de nossos
sentimentos relacionados ao modo como estamos habituados a agir e reagir, para
assim nos habilitarmos a uma efetiva “possibilidade” de mudança.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
Nenhum comentário:
Postar um comentário