Começa a contagem regressiva para
a chegada do final de mais um ano.
Muitos afirmam não haver diferença no término de um ano, apenas mais um
por e nascer de sol como outro qualquer. Entretanto, se levarmos em conta os
diversos ciclos com os quais convivemos, podemos considerar o final de um ano um
ciclo que se conclui e com isso, um novo ciclo que se inicia repleto de
oportunidades, ou não.
Qualquer possibilidade de mudança
que possa ocorrer está diretamente relacionada com nossa decisão nesse sentido,
em nossa capacidade para finalizarmos ciclos e darmos início às novas
empreitadas almejadas por nós. No entanto, quando da proximidade do final de um
ciclo, seja ele qual for, pode-se experimentar uma derrocada de nossas forças.
A criança ao terminar o ensino
fundamental pode experimentar expectativas relativas ao período de adolescência
que se inicia. Assim como quando da conclusão do ensino médio pode haver,
muitas vezes, o ingresso em um curso que os habilite a serem profissionais. E o
ingresso na vida adulta, quando profissionais capazes da manutenção de seu
próprio sustento, representa a conclusão de mais um importante ciclo de nosso
existir.
Em todos esses finais as
expectativas podem gerar ansiedades. Por isso, em cada remate pode ocorrer relativa
fadiga. Isto é, algum cansaço aliado com o desejo de um descanso suficiente.
Contudo, na maioria das ocasiões, nosso dia-a-dia não nos permite o descanso
que consideramos o ideal.
Todavia, esse desconforto pode
ocorrer devido ao fato de, em muitas ocasiões, não nos permitirmos conclusões
aos nossos ciclos. Ou seja, carregamos conosco como que um lastro do que já foi
vivido e não devidamente finalizado. Nesse caso, ao sentirmos que mais um ano
se conclui, podemos nos permitir, junto a retrospectiva habitual, nos
comprometermos com nossas conclusões de modo a nos permitirmos iniciar o novo
ciclo sem lastros demasiados e que possam nos conduzir a “fadiga”.
Feliz Ano Novo.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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