Em muitos momentos podemos
experimentar a sensação de não estarmos vivendo nossa própria história. Isto é,
algo ocorre que nos leva a questionamentos a respeito do que está ocorrendo
conosco em determinado momento e se estas ocorrências representam nossas
escolhas.
Diversas passagens podem nos
conduzir a situações as quais não nos damos conta facilmente, mas que, em sua
maioria, não constituem o que planejávamos ou o que desejávamos para nós e,
assim, não aparentam constituírem algo o qual optamos arbitrariamente.
No entanto, tais fatos
possibilitam nossa percepção de que algo pode não estar como esperávamos. A
partir disso temos, então, a oportunidade de tornar nossa existência mais
autêntica. Ou seja, conduzir nossa história de modo a nos sentirmos
confortáveis com ela, tendo em vista ela representar, de fato, nossas
preferências.
Contudo, pode-se classificar como
lastimável o número de ocasiões em que deparamos com situações as quais não gostaríamos
de “presenciar”. Porém, elas constituem o desenrolar de nosso enredo e, sendo
assim, não convém negligenciá-las. Todavia, não é incomum procedermos no
sentido do esquecimento ou até do “desaparecimento” de algo que nos causa
desconforto de alguma maneira.
Talvez o primordial, nesse caso,
seja o nosso empenho na busca do conhecimento acerca de nós mesmos,
proporcionando, desse modo, a alternativa de nos apoderarmos de quem somos de um
modo mais sustentável. E, assim, transformarmos nossas relações conosco e com
os outros, de maneira a nos situarmos mais autênticos nelas.
Assim, poderemos nos proporcionar
situações nas quais experimentar a sensação de satisfação torne-se mais
rotineira, em contrapartida daquelas que nos levam a sentir desassossego, tendo
em vista oferecerem a sensação de desconexão em relação a nós e a quem somos.
Márcia Aparecida Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP: 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmai.com
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