Nem sempre estamos dispostos a
permitir que nossas emoções sejam compartilhadas. Isto é, experimentamos
sentimentos por situações variadas os quais, na maioria das ocasiões, damos
preferência à omissão deles.
No processo de nosso desenvolvimento
pessoal ocorre de, aos poucos, expandirmos nosso potencial em relação a
diversas dimensões do crescimento, tanto físico quanto emocional e
psíquico. Isso acontece devido às
experiências vivenciadas por nós as quais assumem algum grau de importância e
que nos permitem o acúmulo de informações.
Quando nos tornamos adultos é
esperado sermos capazes de respostas adequadas às solicitações as quais estamos
sujeitos. Porém, o que constitui uma resposta adequada para um pode ser
totalmente inadequada para outro. Como discernir e, o mais importante, como
escolher a melhor forma de agir diante de determinado acontecimento?
Aprendemos a cuidar de nosso modo
de ser e agir quando em contato com o outro. Diversas vezes somos convidados a
não permitir transparecer o que realmente sentimos em relação a algo ou alguém.
Esse comportamento permeia o convívio em grupo ao qual estamos submetidos,
tendo em vista nossa necessidade do referencial do outro para nos tornarmos
quem somos.
Desse modo, torna-se mais seguro “disfarçar”
alguns sentimentos, visando minimizar os desconfortos que eles poderiam
ocasionar. Contudo, incorremos no risco de nos habituarmos a omissão deles e
darmos início a um processo que pode culminar em um sofrimento além do
desejado.
Sendo assim, pode constituir uma
ferramenta imprescindível o desenvolvimento de nossa capacidade em compartilhar
nossos sentimentos de forma segura. Ou seja, exercitarmos demonstrar nossas
emoções de modo a comunicarmos o que representa determinada situação, sem nos expormos
em demasia. Mas, para que isso ocorra é necessário nos permitirmos experimentar
esse compartilhar de sentimentos.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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