Ao longo de nosso desenvolvimento
pessoal pode ocorrer um processo no qual o sentir pode assumir um sentido
delicado. Ou seja, todos nós sentimos algo por alguém ou por algo. No entanto,
assume um trajeto às vezes contraditório, a forma como nos permitimos o
demonstrar isso.
Nós, porém, somos seres que sente
e, por conseguinte, o impedimento da demonstração dos sentimentos diversos que
experimentamos ao longo de nossa existência, pode acarretar consequências das
quais não nos sintamos muito confortáveis.
Na contramão do esperado de um
modo geral, somos envolvidos no sentir, entretanto a demonstração do sentimento
pode ser interpretado de modo inadequado. Pois, não é incomum experimentarmos
algum tipo de constrangimento quando nos permitimos a exposição em relação a
algo que demonstramos.
Na atualidade vivenciamos um crescimento
de lamentações relacionadas à dificuldade nos relacionamentos variados, sejam eles
de ordem mais íntima ou não. Mas, o importante é que se não buscarmos formas de
modificar o significado do sentir, podemos ser levados a vivenciar experiências
as quais nos frustrem mais do que gostaríamos.
Talvez o que ocorra é de, ao
longo do tempo, algo ter ocorrido para nos levar a nos amedrontarmos diante das
respostas do outro em relação à nossa exposição ao que sentimos em relação a
algo. Contudo, ao nos mantermos afugentados devido ao receio em das consequências
as quais podem advir de um movimento nosso, também limitamos nossas
oportunidades em experimentar satisfação e prazer.
Sendo assim, ao exercitar formas
de expor o que sentimos, poderemos experimentar alguns desagrados. No entanto, também
poderemos experimentar sensações, no mínimo, surpreendentes, relacionadas a
algo que podemos ter deixado adormecido por muito tempo e do qual podemos não ter plena consciência do quanto nos
perturba a falta.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124
e-mail – marciabcavalieri@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário