04 julho 2014

CURA

Uma forte herança do olhar medicinal nos conduz a busca da cura, para qualquer mal estar que experimentemos. Independente de constituírem a ordem física ou psíquica. No entanto uma questão pode emergir ao atentarmos para sintomas os quais não constituem algo “aparente” em nosso corpo físico. O que significa a cura?
Se considerarmos que todos têm um modo de ser e, especialmente, de comportar-se, seremos induzidos a acatar a possibilidade de sermos diferentes. Isto é, de acordo com nossa história teremos um modo diferente de ser e agir. Então, a cura pode ter representações diferentes para cada indivíduo.
Se cada um de nós possui um tipo de cura, isto é, cada um experimenta um tipo de bem estar individual, talvez seja de suma importância nos conhecermos, para assim, nos habilitarmos a compreender o que constitui o melhor e mais adequado para nossa existência bem como nosso bem estar.
O movimento geral conduz à generalização e padronização. Não se pode negar os benefícios que esse modo de agir pode proporcionar... Para as máquinas. No entanto, não é salutar nos esquecermos de que não somos como elas. Ou seja, somos indivíduos singulares.
Desse modo, o generalizar assume um caráter nocivo e não salutar. Ao respeitarmos nossas diferenças e singularidades, no colocamos em uma condição na qual a minimização de nossos “sintomas” indesejáveis ocorra.
Ao conhecer e compreender quem somos e como somos, isto é, ansiosos, depressivos, calmos, rápidos, etc., também permitimos a nós mesmos a oportunidade de aprendermos a lidar com quem somos. Pois, quando exercitamos o respeito aos limites de modo geral, tanto o nosso como o alheio, colocamos em prática a possibilidade de visualizarmos um maior número de alternativas.
Desse modo, experimentamos uma imensa sensação de liberdade, tendo em vista que ao nos mantermos estáticos em um ponto de vista, limitamos nossa capacidade de “ver” e, da mesma maneira, nossa chance de conduzir de modo mais a nosso contento quem somos e como desejamos lidar com as situações diversas. Por isso, a busca da cura permeia o conhecimento apurado de nós mesmos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124
E-mail – marciabcavalieri@hotmail.com



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