Quando tem início nossa percepção
de que sonhamos iniciamos um processo no qual sonhar, planejar e realizar
tornam-se possibilidades tangíveis. Contudo, junto a isso pode também nos ser
apresentada, pelo mundo, a frustração.
A dinâmica de nossa vida atual
nem sempre nos permite reflexões a respeito de nós mesmos. Como estamos, o que
desejamos e o que já realizamos. Enfim nos colocamos seguindo em frente sem
muita atenção ou cuidado conosco. No entanto, esse continuar pode intensificar os
sentimentos de frustração os quais podemos, sem perceber, não nos darmos conta.
Diversas razões podem ocorrer
para termos nossos sonhos e planos realizados, porém nem sempre do modo como
desejávamos. Nesse momento, sentimentos de dor e o desejo de, em muitas
ocasiões, desistir, podem se tornar quase irresistível. Entretanto, o próprio
mundo que, em nossa compreensão nos frustrou, nos conclama a não desistir.
Assim, somos “obrigados” a
continuar. Nesse ínterim é comum deixar de lado o pensar sobre nós mesmos. Quem
somos, o que desejamos, quais nossas capacidades e como modificá-las, ou mesmo,
como ampliarmos nossas habilidades.
Se nos permitirmos aprofundar nosso pensamento
a nosso respeito, de uma maneira inteiramente pessoal sobre o sentido de nosso
existir, poderemos experimentar a compreensão sobre o que representa nossa
própria vida. Ao nos disponibilizarmos a esse movimento reflexivo, nos
aproximamos da possibilidade de realização, em oposição à possibilidade de
frustração.
Em muitas ocasiões pode ser necessário
rever planos e sonhos e, inclusive, remodelá-los. Mas, se não atentarmos para
nossos pormenores e a respeito do significado de nossos desejos, poderemos
estabelecer uma relação delicada conosco e com nossa capacidade de
proporcionarmos, a nós mesmos, um maior número de sonhos realizados.
Desse modo, sempre que nos movemos
no sentido de compreendermos de modo mais apurado quem somos, nos posicionamos
como alguém que possibilita, em maior intensidade, oportunidades de nos
realizarmos. E, ao encontro disso, minimizamos as possibilidades de frustrações
as quais podem nos conduzir à estagnação.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124
E-mail – marciabcavalieri@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário