Muitas vezes não dispensamos
muito de nossa atenção aos detalhes os quais envolvem nosso dia-a-dia, bem como
as escolhas que fazemos quando envolvidos em nossa rotina diária. Entretanto,
como afirma o filósofo Jean-Paul Sartre, somos condenados a escolher, pois
mesmo quando optamos por não escolher, já realizamos nossa escolha.
Sendo assim, se estamos
envolvidos em algo comum a todos, isto é, o ato de escolher, inevitável seria o
fato de ao fazermos isso, nem sempre atentamos para o que estamos, de fato,
selecionando como de maior importância para nós. Ou seja, qual o real valor
daquilo para o qual nossa atenção encontra-se voltada.
Em nossos afazeres diários,
especialmente com as solicitações de velocidade acelerada em tudo o que
executamos, não é fora do comum passar desapercebido de nós detalhes os quais
nos levaram a determinada decisão. Desse modo, podemos nos encontrar um pouco
desorientados em relação ao que tem ou não importância para nós.
Portanto, algumas questões podem
surgir a partir dessa reflexão: como mudar esse padrão de comportamento? De que
maneira podemos nos conduzir de modo a nos colocarmos na “contramão” do que
representa um modo mais fácil de agir?
Somos bombardeados a todo o
momento com sugestões diversas. Elas podem manifestar-se, em um anúncio
publicitário ou mesmo no comentário de um colega, entre outras. Ou seja, em uma
sociedade na qual o consumo adquiriu uma representação elevada, não constitui
algo incomum a emergência de algo que nos leve a considerar importante o que, na
realidade, não possui esse valor para nós.
Então, se nos proporcionarmos
momentos nos quais possibilitamos a nós mesmos o ouvir nossa resposta à
questão: o que tem valor para mim? Pode ocorrer de iniciarmos uma nova
trajetória no que diz respeito à nossa capacidade de proporcionarmos um maior
número de ocasiões nas quais experimentemos
satisfação, prazer e realização.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
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