Muitas vezes buscamos explicações
definitivas e estáveis para essa questão. Entretanto, ao agirmos desse modo
limitamos um campo extremamente amplo de possibilidades, tendo em vista
podermos mudar o tempo todo.
É notável que algo em nós parece
ser estável, permanente e imutável. Mas, se atentarmos com acuidade pode ser
que sejamos capazes de perceber que mesmo essa parte em nosso modo de ser, possui
a alternativa de ser modificada. Desde que nosso desejo esteja voltado para
esse objetivo.
Em nossas diversas relações assumimos
um papel relativamente “fixo”. O qual nos proporciona conforto diante do fato
de o contato oferecer algo de previsível. Assim, procuramos nos manter os “mesmos”
para que essa relação não apresente mudanças, especialmente quando esta nos
parece estar a contento. E, desse modo, “garantimos” a felicidade a qual
experimentamos.
Porém, não podemos nos esquecer
que a cada momento que existimos, mudamos. Isso ocorre devido ao fato de todo e
qualquer contato que estabelecemos, seja com algo ou alguém, aprimoramos quem
somos e, desse modo, mudamos. Ou seja, as experiências as quais vivenciamos,
nos possibilita o exercício de um modo diferente de pensar e agir. Sendo assim,
seria contraditório afirmar que somos os mesmos desde sempre, em vista de o
ápice de nosso desenvolvimento, constituir a possibilidade de mudança todo o
tempo.
Então, pode constituir algo
sumamente importante admitirmos que somos capazes de mudar. E, da mesma maneira,
aqueles os quais convivem conosco também possuem essa alternativa. Por isso, ao
nos conscientizarmos dessa condição a qual estamos “submetidos”, podemos nos
abalar e buscar formas de nos mantermos os mesmos e, estagnados.
Ou, podemos aliar essa
oportunidade junto ao nosso desejo e nos proporcionarmos o desenvolvimento, que
pode nos proporcionar mudanças as quais pode ocorrer de não ser absolutamente o
que desejávamos, mas, ao menos, representa nossa disposição em nos
movimentarmos, em contrapartida à estagnação que pode culminar em adoecimentos
em formas as mais variadas e, na maioria dos casos, indesejadas.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga – CRP 06/95124
E-mail – marciabcavalieri@hotmail.com
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