26 agosto 2016

NOSSAS LIMITAÇÕES

Em muitas ocasiões somos levados a agir de acordo com nossas limitações. Ou seja, elas acabam por “ditar” nosso modo de agir permeando quem somos.


Somos todos portadores de um grande número de limitações. Estas podem ser de ordem física ou psicológica. Quando são de ordem física buscamos modos de amenizá-las para que se possa dar continuidade ao dia-a-dia sem maiores complicações. No entanto, quando elas são de ordem psicológica ou emocional é comum buscar-se maneiras de ocultá-las, disfarçá-las ou mesmo tentar agir como se elas não fizessem parte de nosso ser. Porém, como tudo o que não é cuidado, tal atitude pode proporcionar situações inesperadas e muito inadequadas causando desconfortos que poderiam ser evitados ou, ao menos controlados para que as consequências não se tornem deveras inconvenientes.
Em muitas ocasiões somos levados a agir de acordo com nossas limitações. Ou seja, elas acabam por “ditar” nosso modo de agir permeando quem somos. No entanto, se não voltarmos nossa atenção para o que ocorre, podemos ser induzidos por tais limitações a comportamentos os quais não aprovamos e, por conseguinte, experimentarmos sentimentos de frustração bem como de revolta diante de atitudes nossas as quais não nos satisfaz.
É comum, também, vivenciarmos decepções com a atitude de outrem. Mas, se não averiguarmos os fatos envolvidos no caso podemos adotar decisões que nos levam ao distanciamento de pessoas queridas, por não compreendermos quais os motivos que levaram ao comportamento causador do desconforto inicial.
Nos envolvemos em sentimentos dolorosos, decepções e tristeza, e assim, deixamos de ponderar todo o tempo de convívio. Ocorre de nos atentarmos somente para o momento presente nos esquecendo da história que construiu o relacionamento com a(s) pessoa(s) em questão.
Como seres que propensos ao erro somos levados a tentar amenizá-los para conseguirmos lidar com nossas próprias limitações. Contudo, se nos dispusermos a conhecer esses limites ao invés de omiti-los ou ignorá-los, nos prontificarmos a compreender que eles constituem nosso modo de ser, poderemos avaliar com maior acuidade nossos pensamentos e sentimentos. Então nos tornaremos capazes de ampliar esses limites. Nos tornando mais livres para decidirmos, atentos, de modo mais claro, ao que desejamos e ao que nos faz sentir plenos.

Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124


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