Ao distinguirmos nossas
idealizações diante das diversas ocasiões nas quais nos relacionamos com algo
ou alguém, tornamos possível nos colocarmos em uma posição de maior grau de
satisfação com nossas escolhas.
É comum idealizarmos os diversos
relacionamentos os quais estabelecemos. Isto é, imaginamos e planejamos como
será nosso contato com nossos filhos, amigos, parceiros e etc. Idealizamos
inclusive em relação a decisões tomadas e compromissos assumidos para o futuro.
Fica difícil deixar de pensar que
nossas idealizações estão conectadas aos nossos sonhos e desejos. E, estando
relacionados, talvez façam sentido nossas frustrações. Se nossas idealizações
são baseadas em nossos desejos significa que podem ter um grau de expectativa
bastante elevado. Então, a realidade pode nos surpreender negativamente e, em
algumas ocasiões nem a querermos mais. Ou seja, a realidade torna-se tão
diferente daquilo imaginado que refutá-la emerge como sendo a melhor alternativa.
Porém, quando nossas decisões são
apenas baseadas nesses argumentos, podemos dar início a uma série de atitudes que
culminarão em situações com as quais podemos não nos sentir confortáveis. Ao
nos decepcionarmos com algo há a tendência ao sofrimento e a busca de
distanciarmo-nos da situação em questão.
No entanto, esse distanciamento
do que nos faz sofrer, ou seja, a contradição de nossos ideais, também nos
afasta da possibilidade de olharmos para as alternativas possíveis. A fuga de
algo aparentemente desagradável é alentador, pois permite a ilusão da proteção.
Mas, se fugirmos sem tentar compreender o que realmente nos é apresentado,
podemos deixar de experimentar o conhecimento.
Por conseguinte, perdemos também a
oportunidade de nos surpreendermos de modo positivo. Afinal é o conhecimento o
que nos permite uma posição diante dos fatos e, desse modo, também nos possibilita
uma escolha mais eficaz e em acordo com nossos ideais.
Sendo assim, ao distinguirmos
nossas idealizações diante das diversas ocasiões nas quais nos relacionamos com
algo ou alguém, tornamos possível nos colocarmos em uma posição de maior grau
de satisfação com nossas escolhas.
Lembrando o filósofo Jean
Paul-Sartre que destaca sermos livres para escolher, porém condenados às
consequências dessas escolhas. E, o filósofo Heidegger salienta ser nossa maior
liberdade a ampliação do nosso rol de possibilidades. Algo que o conhecimento
acerca de nós permite com maior eficiência.
Márcia A. Ballaminut Cavalieri
Psicóloga CRP 06/95124
E-mail: marciabcavalieri@hotmail.com
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